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Cimeira debate extremismo nos Estados Unidos e no mundo


Administração americana pretende, principalemente, combater o terrorimos interno.

O Presidente americano discursa hoje, 18, na cimeira sobre combate e prevenção do extremismo violento, que teve início ontem aqui em Washington.

A reunião, convocada por Barack Obama, é uma resposta aos constantes e cada vez mais audazes ataques do Estados Islâmico e de células de outros grupos terroristas na Europa.

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Num artigo de opinião publicado hoje no jornal Los Angeles Times, Barack Obama disse que "grupos como a Al Qaeda e o Estado Islâmico exploram a raiva acumulada de pessoas que sentem que a injustiça e a corrupção não lhes permitem melhorar o seu nível de vida. O mundo tem de oferecer algo melhor à juventude”, escreveu Obama.

A cimeira que começou ontem, no entanto, não está enfocada exclusivamente no extremismo islâmico. O Governo americano pretende que se analise todas as formas de extremismo, uma estratégia que gerou críticas por parte dos republicanos.

Para o analista de política internacional Emilio Viano, a cimeira está virada para a política doméstica e pretende principalmente encontrar formas de evitar que americanos ou residentes legais nos Estados Unidos não se juntem a grupos terroristas ou protagonizem actos terroristas no país.

Aliás, na abertura do encontro, o vice-presidente americano Joe Biden destacou o sucesso dos programas de desenvolvimento juvenil em Boston, Los Angeles e Minneapolis, onde radicam grandes comunidades de imigrantes.

"As sociedades têm de oferecer uma alternativa positiva às comunidades de imigrantes, um senso de oportunidade, um sentimento de pertença que desacredita o apelo do terrorista ao medo, isolamento, ódio e ressentimento", defendeu Biden.

A cimeira foi anunciada para Outubro, mas por razões nunca explicadas só se realiza agora. Participam no evento altos funcionários e especialistas dos Estados Unidos, ministros e funcionários de cerca de 60 países da Europa, do Médio Oriente e da Ásia.

A Administração Obama acredita que uma das formas de combater o extremismo é evitar a propagação das suas ideias através das redes sociais que atraem muitos jovens descontentes e desintegrados.

Para o professor da American University e analista político internacional Emilio Viano, deve-se ir mais longe e definir uma agenda global.

"Há que encontrar uma estratégia global para combater as causas do terrorismo e para isso o Ocidente tem de rever as suas alianças com países com governos ditatorias e tiranos como a Arábia Saudita", defende.

Em conversa com a VOA, aquele professor disse que este também é o caminho para combater grupos extremistas em África como o Boko Haran.

"Não há uma presença do Estado em várias regiões da Nigéria, o caminho fica aberto para os terroristas e extremistas que aproveitam e passam as suas ideias", explicou Viano.

A cimeira sobre combate e prevenção do extremismo violento termina amanhã aqui em Washington.

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