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Cidadãos guineenses pedem regresso dos exilados


Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro exilado
Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro exilado

Nô Djunta Mon Pa Fidju di Terra Riba Caça garante apoios políticos

Um grupo de cidadãos da Guiné-Bissau agrupados no movimento nacional cívico denominado “Nô Djunta Mon Pa Fidju di Terra Riba Caça” está a desenvolver uma intensa campanha para permitir o regresso dos exilados, que tiveram de deixar o país por motivos políticos e de segurança.

O movimento, liderado pelo activista e primeiro presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Fernando Gomes, exige a garantia de segurança para o regresso dos exilados, entre eles Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro e candidato presidencial em 2012, obrigado a deixar o país devido ao golpe militar de Abril daquele ano,

“Hoje no mundo é inaceitável, o exilio é uma violação dos direitos humanos e isso está consagrado em muitos instrumentos internacionais em matéria dos direitos humanos”, defende Fernando Gomes, ministro da Função Pública e do Interior até ao golpe militar de 2012.

O grupo já manteve encontros com o Chefe de Estado e o presidente da Asembleia Nacional Popular, tendo José Mário Vaz defendido a mesma posição.

“O senhor Presidente disse que, na sua opinião, ninguém tem o direito de impedir algum cidadão de voltar ao seu país, acha que todo o guineense tem o direito de viver no seu país e que todos os guineenses que estão exilados por razões políticas devem poder voltar ao país”, adianta Gomes.

Em Novembro passado, o movimento lançou uma petição sobre o regresso dos exilados e recolheu, desde então, mais de 50 mil assinaturas.

Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro e vencedor da primeira volta das eleições presidenciais interrompidas com o golpe militar de 2012, é a cara mais conhecida da lista dos exilados políticos no exterior.

Sobre ele perfilam muitas informações, entre elas uma ligada à justiça.

Para Fernando Gomes, se houver caso de justiça deve ser esclarecido no fórum judicial em vez de se lançar uma campanha de perseguição porque “isso seria uma injustiça, seria ilegal e seria mais uma violação dos direitos humanos”

Para Gomes, “não pode haver perseguição e não podemos admitir o que aconteceu no passado”.

O movimento promete intensificar a campanha nos próximos dias.

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