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China preocupada com o impacto da desvalorização da sua moeda


A China foi tão surpreendida pela reação global à sua desvalorização cambial que é provável que o governo mantenha o iuan em rédea curta no curto prazo para evitar uma guerra cambial que poderia provocar uma crise financeira mais ampla, escreve a Reuters, citando fontes especializadas.

Pedidos internos para que o iuan enfraqueça 10 por cento desde a desvalorização de 11 de agosto minguaram, uma vez que os líderes temem que as preocupações do mercado sobre uma manobra como essa poderiam alimentar mais fugas de capital.

Sinais de que recursos estão deixando o país se intensificaram em julho e agosto.

As reservas internacionais da China diminuíram em cerca de 340 mil milhões de dólares desde meados de 2014 até julho, o que é visto por economistas como um bom indicativo das saídas de recursos do país.

O Banco do Povo da China, banco central do país, tem 3,65 trilhões de dólares, que formam o maior volume de reservar internacionais do mundo, para defender o iuan.

Economistas do governo e assessores de política económica dizem que o banco central vai agora tentar evitar que o iuan recue muito além de 6,5 por dólar, 4,5 por cento abaixo dos níveis pré-desvalorização.

Na manhã desta quinta-feira, o iuan chegou a atingir 6,4162 por dólar.

"A reação global foi maior que a esperada", disse à Reuters um economista sénior de uma agência do governo.

O especialista explicou que "a economia global está muito frágil... desvalorizações cambiais competitivas poderiam, por sua vez, afectar a própria economia da China, minar as suas exportações e o investimento."

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