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Casos de Sida aumentam no Brasil


África regista crescimento de 4 por cento de casos.

O número de pessoas infectadas pelo vírus da Sida volta a subir no Brasil, enquanto o programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a doença, Onusida, alerta que os avanços pelo mundo nos primeiros 10 anos do século 21 perderam força.

Dados publicados nesta terça-feira, 12, pela entidade revelam que de 43 mil novos casos foram registados no Brasil em 2010 o subiu para 44 mil este ano.

Em termos globais, a Onusida aponta que o número de novas infecções no mundo caiu de forma modesta, de 2,2 milhões em 2010 para 2,1 milhões em 2015.

Em África, o aumento de casos foi de 4 por cento.

Michel Sidibe, Director-executivo da Onusida
Michel Sidibe, Director-executivo da Onusida

O Brasil e a América Latina, porém, caminharam em uma direção oposta.

"Estamos soando o alarme", disse Michel Sidibé, director-executivo da agência da ONU.

"O poder da prevenção não está sendo realizado. Se houver um aumento de novos casos de infecção agora, a epidemia será impossível de ser controlada. O mundo precisa tomar medidas urgentes e imediatas", alertou Sidibé, lembrando que 36,7 milhões de pessoas vivem com a doença pelo mundo.

Houve 1,1 milhão de mortes.

Na América Central, as taxas de aumento foram de quase 20 por cento em países como Belize, Nicarágua e Guatemala.

No México, a alta foi de 8 por cento, contra 5 por cento na Colômbia e 4 por cento no Brasil.

Em pelo menos 10 países latino-americanos, porém, houve queda no número de novos casos, incluindo Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

No Brasil, apenas 6 por cento do orçamento é usado para programas de prevenção e, dos 830 mil pessoas quecom a doença, 452 mil estão sento tratados, cerca de 55 por cento.

A ONU espera acabar com a Sida até 2030, embora os últimos dados mostram tendências contrárias.

No Leste Europeu, o número de novos casos aumentou 57 por cento entre 2010 e 2015.

Nas Caraíbas, depois de anos de queda, a expansão é de 9 por cento a cada ano desde 2010 e no Médio Orienta,o aumento foi de 4 por cento, a mesma taxa na África.

Na Europa e na América do Norte, a queda no número de casos foi insuficiente para compensar o aumento nas demais regiões.

A Onusida diz que os governos precisam focar os seus esforços em determinadas populações mais vulneráveis.

Apesar dos avanços, apenas 57 por cento das pessoas infectadas sabem que são portadoras do vírus e somente 46 por cento dos doentes têm acesso a tratamento, cerca de 17 milhões de pessoas.

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