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CASA-CE critica "desprezo" no hospital de Malanje


Director Clínco rejeita acusações com "fins políticos" e governador vai em breve visitar a instituição

O dilema da ausência de humanização na maioria dos serviços do Hospital Regional de Malanje (HRM) continua a influenciar negativamente a prestação de assistência de qualidade às populações.

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O Secretário-Executivo provincial da Coligação Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Carlos Xavier Luís Lucas, denunciou o desprezo dos enfermeiros e médicos pelos pacientes lesam a sociedade malanjina.

“Constatamos que os problemas que denunciamos na primeira conferência de imprensa agravaram ou pioraram, entre os quais destacamos a ausência constante de médicos no hospital, tanto dos nacionais como os expatriados”, disse, acrescentando que muitos “desses médicos abandonam o seu turno deixando apenas o número telefónico “.

Aquele dirigente reafirmou que “a situação da ausência dos médicos agrava-se no período nocturno e aos finais de semana, quando muitos doentes graves que afluem ao Hospital Regional são mandados para casa para fazerem consultas externas, onde têm que esperar, no mínimo, sete dias por uma consulta e muitos deles acabam por morrer sem terem a oportunidade de ver um médico”.

De acordo com Levi Lucas as mortes naquelas circunstâncias não são manifestadas e para a organização que representa na província as estatísticas carecem de averiguação. E acusa os enfermeiros e médicos de maltratarem verbalmente os doentes.

Carlos Xavier Luís Lucas, que aconselhou as direcções provinciais da Saúde e do Hospital Regional de Malanje a contratarem psicólogos para as áreas da maternidade, pediatria e medicina, classificou de "descaso" o comportamento do executivo da circunscrição.

Em recente entrevista a Voz da América, o Director Clínico da instituição, Jacob Nlenvo rejeitou as acusações do número um da CASA-CE.

Director clinico do hospital de Malanje Jacob Nlenvo
Director clinico do hospital de Malanje Jacob Nlenvo
“Essas informações não têm fonte legal, mas são informações para servir de um argumento ou de um suporte para uma luta entre partidos e nós, Hospital Regional, somos científicos e exercemos mediante a política do governo central e mediante as normas que regem a Organização Mundial da Saúde”, justificou.

O governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos, reconheceu no dia de Angola, 11 de Novembro, em Calandula, que os hospitais possuem os remédios e os quadros necessários para o funcionamento das instituições, mas o que preocupa são as modalidades de atendimento dos pacientes.

“Não é que os hospitais não tenhammedicamentos, não é que os hospitais não tenham enfermeiros, médicos a grande questão está na humanização da saúde, da pessoa humana”, clarificou então.

Norberto Fernandes dos Santos regressa em breve àquela unidade aparentemente com soluções para os problemas vigentes.
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