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Oposição e Governo com visões diferentes sobre economia de Cabo Verde


Cabo Verde está estagnado economicamente desde 2009, situação que tem provocado grandes dificuldades e desigualdades sociais, já que se regista alta taxa de desemprego, sobretudo no seio dos jovens, como realçam os partidos da oposição.

Esta e a opinião da oposição, enquanto PAICV, que suporta o Governo, considera que o país está no rumo certo, apesar da crise.

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O presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva acusa o Governo de ter falhado na política que vem adoptando ao longo da sua governação.

Para o presidente do principal partido da oposição, a ideia de se concentrar na construção de grandes infraestruturas, ignorando a área económica, deixou o arquipélago num ambiente de fraco crescimento económico, factor que não permitiu a criação de riqueza e emprego.

Para Correia e Silva, não colhe a afirmação de que o país cresce pouco 1,5 por cento devido à crise mundial, já que outros países da Cedeao e pequenos estados insulares estão a crescer quatro vezes mais do que relação a Cabo Verde.

O presidente do MPD considera que o ambiente do negocio é mau, tendo em conta que o Governo aumentou a carga fiscal para poder sustentar a máquina do Estado que engordou,

Os sectores da educação, saúde e segurança também foram mencionados pelo candidato a primeiro-ministro nas eleições de Março como um fracasso do acutal Executivo.

Correia e Silva reconhece que situação do país é difícil, mas considera que o MpD está preparado para ganhar as eleições e apresentar soluções credíveis de governação.

As medidas passam primeiramente por despartidarizar a Administração Pública, colocando os melhores quadros nos sítios certos.

A descentralização (regionalização), para que a ilhas possam ter dinâmica própria constitui outra medida que aquele partida pensa implementar, realça Ulisses Correia a Silva.

Também o presidente da Ucid, na oposição, considera que a situação social e económica do país é preocupante.

António Monteiro explica que, em termos sociais, há registo de muitas famílias a passarem por situações extremamente difíceis, enquanto a nível económico o país está praticamente estagnado, já que a economia tem conhecido um crescimento baixo.

Outra questão que preocupa o líder dos democrata-cristãos, que tem dois assentos parlamentares, prende-se com a alta taxa da divida pública do país.

Essas dificuldades originaram uma alta taxa de desemprego (15,8%), insegurança e outros problemas, cenário que de, acordo com António Monteiro, precisa ser alterado.

Ela lembra a iniciativa popular que protestou a aprovação do novo estatuto dos titulares de cargos políticos.

Monteiro considera que a democracia sai a ganhar quando o povo é interventivo, agindo pacificamente na defesa dos seus direitos.

O presidente da Ucid espera que as condições estejam reunidas para os cidadãos escolherem livremente os seus representantes e afirma que a Ucid está a trabalhar para ser alternativa de governação.

Em contrapartida, a presidente do PAICV, no poder, regojiza-se com a politica seguida pelo seu partido na governação do arquipélago.

Janira Hopher Almada afirma que a visão da infraestruturação do país, com a construção de quilómetros de estradas asfaltadas, portos e aeroportos internacionais, barragens e outras infra-estruturas serviu para alavancar Cabo Verde rumo ao desenvolvimento.

Contrariamente ao passado quando o MpD esteve no poder (1991-2001), a líder do PAICV considera que hoje o país goza de maior credibilidade, situação que permitiu ter acesso a financiamentos junto de instituições internacionais para implementação dos grandes projectos.

No ano prestes a terminar, Janira Hopffer Almada adianta que o Executivo reforçou a aposta na formação profissional, nas áreas da saúde, educação, habitação, segurança social, energia e água, entre outras.

Apesar da crise, a líder do PAICV afirma que o Governo tem conseguido pagar os salários e honrado outros compromissos importantes, quando muitos países fizeram cortes nas pensões e em outros direitos dos trabalhadores.

No que se refere ao crescimento da economia, a dirigente do partido no poder reconhece que o país está a crescer num ritmo lento, situação derivada também aos choques externos.

Quanto ao desemprego cuja taxa ainda é elevada, a candidata a primeira-ministra considera que o mesmo sempre foi o grande desafio do arquipélago.

Por isso, Hopffer Almada garante que o PAICV ,cujo Governo tem trabalhado arduamente,, continuará a desenvolver politicas para melhorar o ambiente de negócios, sobretudo do sector privado, visando a criação de mais empregos sólidos.

Janira Hopher Almada acredita na renovação do mandato do PAICV, partido, que segundo ela, está sintonizado com os problemas que o país ainda enfrenta, e que se mostra preparado para continuar a fazer reformas estruturantes pensando sempre na melhoria das condições de vida dos cidadãos.

A líder do PAICV afirma que o seu partido propõe a descentralização do poder, permitindo maior equilíbrio e o desenvolvimento harmonioso das diferentes ilhas do arquipélago.

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