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Burkina Faso, liderado pela Junta, suspende BBC e Voz da América por duas semanas


 Líder militar do Burkina Faso capitão Ibrahim Traore
Líder militar do Burkina Faso capitão Ibrahim Traore

Burkina Faso suspendeu as redes de rádio BBC e Voz da América de transmitirem um relatório sobre direitos humanos que acusa o exército de ataques a civis na sua batalha contra os jihadistas.

As estações de rádio britânica e norte-americana são as últimas organizações de comunicação social internacionais a serem alvo desde que o capitão Ibrahim Traore tomou o poder no país da África Ocidental num golpe de estado em setembro de 2022.

A Voz da América disse na sexta-feira que havia solicitado reações ao relatório da HRW "de vários funcionários burquinenses", mas não recebeu resposta e pretendia "continuar a cobrir de forma completa e justa as atividades no país".

“Os programas destas duas redes de rádio internacionais que transmitem a partir de Ouagadougou foram suspensos por um período de duas semanas”, anunciou a autoridade de comunicações (CSC) na noite de quinta-feira.

O CSC afirmou que a decisão foi tomada porque a BBC África e a VOA transmitiram e também publicaram um relatório nas suas plataformas digitais "acusando o exército do Burkina de abusos contra a população civil".

A autoridade de comunicações disse que o relatório continha "declarações precipitadas e tendenciosas, sem provas tangíveis contra o exército burquinense".

A ONG internacional Human Rights Watch (HRW) disse na quinta-feira que soldados no norte do Burkina Faso, atingido pelos jihadistas, mataram pelo menos 223 aldeões, incluindo 56 crianças, em dois ataques de vingança em 25 de fevereiro.

As autoridades burquinenses, contactadas pela AFP, não comentaram as acusações.

O país tem lutado contra ataques de grupos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico desde que uma insurgência jihadista chegou do vizinho Mali em 2015.

Desde então, cerca de 20 mil pessoas foram mortas no Burkina Faso e cerca de dois milhões foram deslocadas.

A VOA disse na sexta-feira que havia solicitado reações ao relatório da HRW "de vários funcionários burquinenses", mas não recebeu resposta e pretendia "continuar a cobrir de forma completa e justa as atividades no país".

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