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Cimeira dos BRICS condena intervenção na Líbia


Jacob Zuma (à direita) representou a África do Sul, novo país membro do BRICS
Jacob Zuma (à direita) representou a África do Sul, novo país membro do BRICS

Os líderes criticaram o actual panorama monetário dominado pelo dólar e apelaram para a criação de uma reserva monetária internacional.

As cinco nações conhecidas pela sigla BRICS manifestaram a sua oposição ao uso da força na Líbia. Esta tomada de posição foi assumida durante uma cimeira realizada na cidade chinesa de Sanya.

Entretanto, os líderes daquelas grandes nações em desenvolvimento criticaram também o actual panorama monetário dominado pelo dólar e apelaram para a criação de uma reserva monetária internacional.

Os líderes dos países do BRICS - que são o Brasil, a Índia, a China, a Rússia e a África do Sul - emitiram um comunicado conjunto, esta quinta-feira, exortando para que seja encontrada uma resolução pacífica para a crise na Líbia.

O presidente Hu Jintao, da China, que presidiu à cimeira dos BRICS admitiu perante os participantes na cimeira sua preocupações e disse que, nos recentes meses, se assistiu a motins de motivação política e se registaram mesmo guerras nos países da África do Norte, afectando de forma negativa a estabilidade regional.

Recorda-se que quatro dos países membros dos BRICS – o Brasil, a Rússia, a Índia e a China – abstiveram-se na votação no Conselho de Segurança quando foi apresentada a resolução que autorizou a intervenção internacional para aplicar a zona de exclusão aérea na Líbia.

A África do Sul, que se juntou agora aos BRICS pela primeira vez, votou a favor da resolução da ONU, mas criticou agora a campanha aérea internacional na Líbia.

Outra questão central comum aos países do BRICS é reforçarem a sua posição junto das diversas instituições internacionais. A propósito, o presidente Hu Jintao afirmou que essa estratégia irá afectar positivamente a economia global, realçando a necessidade de se registarem reformas para um mundo mais equilibrado.

As economias dos cinco países que constituem o grupo do BRICS representam perto de um quinto do produto interno bruto global, incluindo dois dos mais populosos países do mundo.

A próxima cimeira dos BRICS terá lugar na Índia, no próximo ano.

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