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Brasil usa aviões não-tripulados para fiscalizar trabalho escravo


Actor Wagner Moura é a cara da luta contra o trabalho escravo.

O Governo brasileiro comprometeu-se em monitorar os locais de difícil acesso principalmente no meio rural. Fiscais do trabalho vão usar os aparelhos voadores não tripulados inicialmente no Estado do Rio de Janeiro. Seis drones já estão disponibilizados para o serviço.

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Esses equipamentos vão ser colocados em fase de teste e não devem substituir a presença do fiscal, conforme o Ministério do Trabalho e Emprego.

Sete auditores fiscais do trabalho já estão capacitados para operá-los.

Um desses dispositivos deve ser passado para a Polícia Rodoviária Federal, que actua em parceria com os fiscais do trabalho no combate ao trabalho escravo rural e urbano.

As discussões sobre o trabalho escravo no país ganharam maior repercussão depois de o actor brasileiro Wagner Moura ter sido nomeado embaixador contra o trabalho escravo pela Organização Internacional do Trabalho, órgão das Nações Unidas. Desde 2013, ele colabora com a Organização.

Vinte e um milhões de mulheres, crianças e homens são vítimas da escravidão moderna no mundo. 1 milhão e 800 mil pessoas trabalham forçadamente na América Latina, conforme a Organização Internacional do Trabalho.Em entrevista à Rádio ONU, o actor brasileiro se diz satisfeito com o convite.

"Eu me sinto muito feliz, muito comprometido com isso. Esse é um assunto que, para mim, sempre foi muito importante. Eu venho de uma zona, minha família toda vem de uma zona rural do sertão da Bahia, onde a regulamentação do trabalho é sempre feita de uma forma canhestra. Claro que houve, sempre há muitos avanços, mas crianças trabalham para ajudar suas famílias, em alguns lugares o trabalho escravo é uma realidade. O Brasil é um país cheio de latifúndios em que a zona rural é sempre um foco potencial do uso de trabalho escravo. Esse convite da ILO (sigla em inglês da OIT) fez muito sentido, faz muito sentido. Faz sentido para mim estar trabalhando nisso num âmbito maior".

O primeiro trabalho de Wagner Moura na Organização vai ser a campanha "50 for Freedom", lançada pela Organização Internacional do Trabalho em 12 de junho.

A campanha é desenvolvida para consciencializar sobre o trabalho forçado e conseguir que mais nações ratifiquem os protocolos da Convenção sobre o Trabalho Forçado de 1930.

“Uma campanha de informação muito importante. A gente não tem noção de que no mundo moderno, 21 milhões de pessoas são escravizadas, gerando 150 mil milhões de dólares de ganho ilegal por ano. São dados tão contundentes e fortes, é uma realidade. O objectivo é fazer com que até 2018 os 50 países líderes mundiais se comprometam a erradicar o trabalho escravo no mundo”.

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