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Brasil: Dilma à frente a um dia das presidenciais


Dilma Rousseff e Marina Silva
Dilma Rousseff e Marina Silva

Apesar de uma alta taxa de rejeição significativa, Dilma Roussef chega neste domingo como favorita com mais de 40% das intenções de votos.

Na véspera da votação, sete por cento dos eleitores brasileiros ainda estão indecisos sobre quem escolher para a presidência nas eleições de amanhã, 5.

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Pelas pesquisas, esse grupo, que vai definir o voto nas últimas horas ou até "na boca da urna", deve determinar quem vai para um eventual segundo turno com a presidente que disputa a reeleição no Brasil, Dilma Rousseff (PT).

Apesar de rejeição significativa, Dilma Roussef chega neste domingo como favorita. Ela tem mais de 40% das intenções de votos e, segundo os grandes institutos de pesquisa do Brasil, tem chance, ainda que pequena, de uma vitória já neste primeiro turno ou vai seguir com folga para uma segunda volta. Já o adversário da petista é incerto. Marina Silva (PSB), que chegou a ser uma ameaça isolada para Dilma, está empatada tecnicamente com Aécio Neves (PSDB), na disputa pelo segundo lugar.

O domingo de eleições chega depois de uma corrida presidencial tumultuada no Brasil, marcada pela morte de um dos candidatos à presidência, Eduardo Campos (PSB), uma subida meteórica da candidata que ficou no lugar dele, Marina Silva, seguida de queda da substituta de Campos na recta final. Uma campanha que vai ficar na lembrança também pela grande quantidade de ataques entre os candidatos em debates e programas políticos.

A guerra de críticas tirou espaço que deveria ter sido usado para a apresentação de propostas de Governo. Levantamentos, como do Conselho Federal de Medicina, mostram isso. Pesquisas durante a campanha apontaram que a saúde é a maior preocupação do brasileiro, mas, mesmo assim, propostas nesse sentido representam pouco mais de 6% do que foi apresentado pelos candidatos à Presidência da República. Das 1363 propostas protocoladas, apenas 87 são voltadas para o tema.

Lucas Marques, idealizador do Projeto Brasil, voltado para a conscientização da população sobre política, lembra que em mais uma campanha os candidatos não ouviram o povo brasileiro. " Continuam sem ouvir. A população quer saber de propostas e não são de propostas superficiais. Mas, como eles vão fazer, de onde virá o dinheiro, qual é o plano, quando vai ser entregue. Empresas funcionam dessa maneira, escolas funcionam dessa maneira, porque com política seria diferente?", questiona.

A falta de propostas e os escândalos constantes de corrupção levam parcela da população a se declarar desanimada e disposta a anular o voto neste domingo. "Tá bem para anular bem o voto", diz uma brasileira. "Eu não vou votar porque os candidatos não demonstram certeza no que querem e todos os anos é a mesma coisa. Então, meu voto vai ser branco ou nulo", outro eleitor concorda.

Mas há brasileiros que em meio ao desânimo tentam alertar o país para a importância do voto consciente amanhã, como é o caso de Geraldo do Oliveira Souza, 90 anos. "Eu acredito que as pessoas estão inconformadas com a situação política no país, com tanto roubo, tanta coisa que acontece com os políticos que o povo está desanimado. Mas eu conclamo o pessoal acima de 70 anos a votar, a escolher os nossos dirigentes. Nós temos a obrigação de escolher os nossos dirigentes, escolher quem vai governar o Brasil e quem vai fazer as leis. Eu acho que é um compromisso nosso e um dever de cada pessoa exercer a sua cidadania", apela Oliveira.

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