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Brasil classifica de secreto financiamentos a Angola


Assembleia Nacional de Angola recebe presidente Dilma Rousseff do Brasil
Assembleia Nacional de Angola recebe presidente Dilma Rousseff do Brasil

O secretismo abrange praticamente tudo o que se relaciona com as negociações com Luanda

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, Fernando Pimentel, tornou secretos os documentos relativos a financiamentos do Brasil aos Governos de Angola e Cuba revelou o jornal Folha de São Paulo.


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De acordo com o jornal a decisão significa que o conteúdo dos documentos só poderá ser conhecido a partir de 2027

O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) disponibilizou, em 2012, 875 milhões de dólares para operações de financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola.

Angola superou a Argentina e passou a ser o maior destino de recursos de bens e serviços.

Numa visita a Angola, em 2011, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os mais de 3 mil milhões de dólares disponibilizados até então pelo Brasil fazem de Angola o maior beneficiário de créditos no âmbito do Fundo de Garantias de Exportações daquele banco.

É interessante notar que no ano passado, o banco financiou operações para 15 países, no valor total de dois mil 170 milhões de dólares, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de “secreto” no Ministério do Desenvolvimento.

Segundo o jornal, isso ocorreu por que havia “memorandos de entendimento” entre Brasil, Cuba e Angola que não existiam nas outras operações do género.

O secretismo abrange praticamente tudo o que se relaciona com as negociações entre Brasil, Cuba e Angola, como memorandos, pareceres, correspondências e notas técnicas.

O jornal referiu que os documentos poderiam revelar “os reais interesses do Governo brasileiro nesses negócios”, os critérios escolhidos para tais investimentos, assim como algum “parecer contrário” a estas transacções que tenha sido “ignorado” pelas autoridades brasileiras.

O Ministério do Desenvolvimento, questionado pelo jornal, disse ter colocado os documentos sob sigilo porque envolvem informações “estratégicas”, documentos “apenas custodiados pelo Ministério” e dados “cobertos por sigilo comercial”, como dados dos Governos de outros países e de empresas.
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