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BES Angola emprestou 800 milhões de dólares à irmã de José Eduardo dos Santos


Banco Espírito Santo Angola
Banco Espírito Santo Angola

Associação Transparência e Integridade, de Portugal, diz que o banco perdeu o rasto a Marta dos Santos e outros próximos do regime que receberam empréstimos.

A situação a que chegou o BES Angola continua a dar que falar e começam a ser revelados os nomes de pessoas próximas ao regime angolano que beneficiaram-se de empréstimos daquela instituição financeira e que depois não assumiram os seus compromissos.

A Associação Transparência e Integridade, de Portugal, assegura que uma das beneficiárias foi a irmã do Presidente angolano Marta dos Santos, que recebeu 800 milhões de dólares, mas a quem o banco perdeu o rasto.

De acordo com o site da Rádio Renascença, de Portugal, o antigo presidente do BES Angola Rui Guerra disse ontem, 10, aos deputados da comissão parlamentar da Assembleia da República que investiga o caso BES, que o banco não foi capaz de identificar os beneficiários de muitos dos empréstimos concedidos pela instituição.

Entretanto, Paulo Morais, vice-presidente da Associação Transparência e Integridade, contesta os argumentos de Rui Guerra e acrescenta que tem documentos capazes de provar quem são os beneficiários.

Segundo Morais, “nessa lista de empréstimos estava, à cabeça, Marta dos Santos, irmã do presidente José Eduardo dos Santos, que teve um crédito de 800 milhões de dólares, para desenvolver em Talatona um projecto imobiliário, curiosamente em parceria com o empresário português José Guilherme, que deu 14 milhões a Ricardo Salgado.”

O vice-presidente da Associação Transparência e Integridade vai mais longe e diz que “só no Comité Central do MPLA houve um conjunto de personalidades, como Roberto de Almeida, Maria Mambo Café e Ferreira Pinto, entre outros, que receberam 10 milhões de dólares para desenvolver os projectos que bem entendessem, sem terem de prestar quaisquer garantias ao banco”.

Em declarações à Rádio Renascença, de Portugal, Paulo Morais revelou que muitos dos investimentos que a elite angolana fez em Portugal, era dinheiro dos depositantes do BES e não de Angola.

O BES disponibilizava fundos aos angolanos para adquirir em Portugal propriedades em Portugal. “Os próprios filhos de José Eduardo dos Santos têm uma propriedade em Aveiras de Cima, que adquiriram com crédito do BES, mas isto multiplicou-se por todo o país”, garantiu o vice-presidente da Associação Transparência e Integridade, que disse ter documentos que provam as suas afirmações.

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