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Autoridades de Moçambique acusam jornalistas que investigam caça ilegal


Jornalista alemã e fotógrafo sueco procuravam um indivíduo conhecido como o mestre do crime da caça ilegal de rinocerontes.

As autoridades moçambicanas apresentaram queixa contra dois jornalistas estrangeiros por invasão de propriedade e de privacidade, na sequência da investigação sobre a caça ilegal de rinocerontes. Os dois repórteres serão apresentados hoje a um tribunal moçambicano.

Batholomaeus Grill, correspondente do semanário alemão «Der Spiegel», e o fotógrafo sueco Torbjoern Selander, foram detidos por moradores quando estavam a a tentar fazer uma reportagem sobre a caça ilegal, na aldeia de Mavodze, no sul de Moçambique, a 16 de Fevereiro.

Os aldeões acusaram os jornalistas de serem espiões e levaram-nos para a esquadra, onde ficaram retidos durante várias horas. Os repórteres foram liberados após as Embaixadas da Alemanha e da Suécia terem intervindo em seu nome, referiu Selander que falou ao Comité de Protecção de Jornalistas(CPJ).

Segundo o fotógrafo sueco os oficiais moçambicanos os acusaram de invasão de propriedade e de privacidade.

Grill e Selander procuravam um indivíduo conhecido como o mestre do crime da caça ilegal de rinocerontes e é considerado um «padrinho» na aldeia, disse Grill à agência France Presse.

A vila faz fronteira com o Parque Nacional Kruger, da África do Sul, e integra uma vasta área de conservação transfronteiriça.

Funcionários do Governo de Moçambique comprometeram-se a tomar medidas para prevenir e erradicar a caça do rinoceronte e outras actividades ilegais no país.

No sábado, 21 de Fevereiro, os ministros e delegados de Moçambique e outros países reafirmaram o seu compromisso, de acordo com informações reveladas pela imprensa.

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