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Namibe: empresários desapontados com a banca


Banco Nacional de Angola
Banco Nacional de Angola

O encontro com o director regional sul do Banco Nacional de Angola, Joaquim dos Santos, e os empresários locais que decorreu na cidade do Namibe, a pedido da governadora da província, deu para ver o quanto os homens de negócios da província litoral sul de Angola andam exaustos.

O encontro com o director regional sul do Banco Nacional de Angola,
Joaquim dos Santos, e os empresários locais que decorreu na cidade do
Namibe, a pedido da governadora da província, deu para ver o quanto os
homens de negócios da província litoral sul de Angola andam exaustos.
Os empresários locais pediram um basta aos actos de discriminação,
humilhação e assimetrias, que prejudicam os seus negócios. A
instalação no cidade do Lubango das direcções dos órgãos decisórios da
banca na região sul de Angola, facilita unilateralmente empresários da
Huila e produz desigualdades e facilita homens de negócios da Huila a
concorrência desleal.

Odilio, empresário produtor de sal disse que apesar de ter depositado
mais de 30 milhões de kwanzas num dos bancos locais, mesmo com
este valor na conta, lhe foi negado um descoberto de 700 mil
kwanzas e pior de tudo é que a nega só aconteceu dois meses
depois. Exausto foi a Luanda queixar-se na direcção central daquele
banco.
«Eu gosto de falar muito em termos práticos. O que aconteceu comigo,
não vou citar o nome do banco, mas é um caso bastante lamentável,
solicitei um descoberto no valor de 700 mil kwanzas, o
equivalente a 7000 dólares americanos, na agencia bancária, onde
tenho um valor depositado de 30 milhões de kwanzas, o
equivalente a 300 mil dólares americano e fui simplesmente
negado, depois de me terem dado muitas voltas com promessas a mistura, durante mais de trinta dias», lamentou o empresário salineiro, o que lhe terá levado a Luanda manifestar o desapontamento aquela direcção central.

Já o empresário Ildeberto Madeira, sociólogo e activista dos direitos humanos pelo Ministério da Justiça no Namibe foi mais longe. «Desculpe-me lá, digam lá ao senhor governador do Banco Nacional de Angola, que não é assim que se trata as pessoas. Os bancos são frios quando se trata de questões de dinheiro, quando o cliente tem que pagar ao banco, mas quando se trata destas situações em que o banco tem que pagar ao cliente, ficam quentes», desabafou. O empresário implorou que
doravante haja maior respeito aos clientes nos bancos.

Em solidariedade para com a classe empresarial do Namibe, a governadora Cândida Celeste da Silva na abertura do encontro manifestou a necessidade de se abrir uma subdelegação do BNA na província para facilitar a vida dos empresários que ficaram dependentes do Lubango, quando não devia.

A governante manifestou igualmente a sua preocupação que tem a ver com a protecção dos empresários da província que vêem seus negócios cada vez mais desfalecido por mau atendimento dos órgãos decisórios da
banca que na cidade do Lubango onde se encontram domiciliadas,
preferem atender os empresários daquela província em detrimento dos
homens de negócios do Namibe .

O director regional sul do banco nacional de Angola, Joaquim dos
Santos Neto, reconheceu o descontentamento da classe empresarial do
Namibe em relação ao funcionamento da banca e promete encontrar uma
saída sobre o caso.

O delegado provincial do Namibe das Finanças, Luís Nguibi, reprova a
ideia de alguns bancários terem qualificado o dinheiro, como sendo o
principal produto do banco, quando na óptica daquele economista, o
produto de que os funcionário bancários devem privilegiar são os
clientes. Quando o banco tiver mais clientes, mais dinheiro arrecada,
o que não tem acontecido, disse. Homens de negócios da província do
Namibe dizem estar zangados com a discriminação e humilhação nos
créditos bancários.

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