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Minas anti-pessoais ameaçam paralisar Sudão do Sul


A student looks at his iPad at a primary school in Quzhou, Zhejiang province, China, as his class watches a live broadcast of a lecture given by Shenzhou-10 spacecraft astronauts on the Tiangong-1 space module.
A student looks at his iPad at a primary school in Quzhou, Zhejiang province, China, as his class watches a live broadcast of a lecture given by Shenzhou-10 spacecraft astronauts on the Tiangong-1 space module.

Grupos rebeldes estão alegadamente a recolocar minas em zonas e estradas desminadas, dizem as agências humanitárias

No Sudão do Sul, as agencias humanitárias suspeitam que os rebeldes na luta contra as forças governamentais no poder há 5 meses estejam a colocar minas anti-pessoais em redor de algumas cidades.

Hannah McNeish jornalista da VOA diz que a cidade de Bentiu (situada no norte do país, perto da fronteira com o Sudão) é nesta altura considerada de prisão pelo facto de alegadamente todas as estradas de acesso e circundantes estarem minadas.

O Centro de Coordenação da Acção Contra as Minas das Nações Unidas tem especialistas a trabalhar em operações de desminagem no Sudão do Sul. Cada hora de trabalho custa 10 mil dólares, e apenas 7 quilómetros de estradas chegam a ser inspecionadas ao longo do dia.

O supervisor das Nações Unidas, Chris Fielding diz que a recolocação de minas em torno da cidade de Bentiu tornou-se num grande problema.

“Isso tem tido um grande impacto nas pessoas no Estado de Unidade. O comércio está paralizado e todos ps negócios estão parados. As ajudas humanitárias ficaram impedidas. Há uma suspeita generalizada e caos em muitas regiões do Estado. Estamos a limpar as vias, e voltar de vez em quando a repetir as operações em algumas das estradas.”

Existem milhares de minas não desactivadas de décadas de guerra que conduziu a independência em Julho passado.

A população local volta a usar as vias logo que as equipas de desminagem a abandonam o terreno, e que muitas das estradas não novamente minadas.

No mês passado 20 pessoas foram mortas quando um autocarro de passageiros accionou uma mina anti-tanque. Residentes da área disseram que o mesmo autocarro tinha antes feito varios trajectos pela mesma estrada durante o dia.

Uma cidadã queixa-se da situação e diz que as pessoas já não ousam em andar a pé ou pelas estradas.

“Não estamos contentes. Estamos tristes sempre e quando vemos as pessoas mutiladas. Jovens e crianças e mulheres. Sentimos imenso porque eles são nossas familias.”

O Major General Mangar Buong o chefe interino da 4ª divisão do Exercito de Libertação do Povo do Sudão – SPLA – acusa o regime de Cartoum de financiar os grupos rebeldes para desestabilizar o país, semeando novas minas.

“Não conheço os objectivos exactos desses rebeldes. No passado estavamos numa guerra geral com o norte. Conseguimos o que queriamos – e foi por isso que hoje hasteamos a nossa bandeira. E tomamos também medidas no sentido da democracia.”

Os especialistas em desminagem das Nações Unidas preveem que serão necessários mais 6 anos de trabalho para que o país fique livre de minas. Mas em regiões como no Estado de Unidade e noutros do norte do país onde novas minas anti-pessoais estão a ser descobertas, a situação pode provocar transtornos e com isso anos de retrocesso.

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