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Democratas: Mobilizar as bases para assegurar boa afluência às urnas


Presidente Barack Obama depois da entrevista para programa televisivo Daily Show with Jon Stewart em Washington, D.C., 27 Out 2010.
Presidente Barack Obama depois da entrevista para programa televisivo Daily Show with Jon Stewart em Washington, D.C., 27 Out 2010.

O Partido Democrático americano está a tentar convencer blocos importantes de eleitores a irem votar. O partido defronta-se com a apatia, e mesmo irritação ou desilusão entre os seus apoiantes.

Apesar do nome do Barack Obama não estar no boletim de voto (não são eleições presidenciais), é o futuro do partido democrata que está em jogo, assim como o de vários governadores estaduais. Caso os democratas não ganhem a maioria, Obama ficará numa posição minoritária nos dois últimos anos do seu mandato.

Por isso, os democratas não esquecem que o contacto com os eleitores é extremamente importante. O candidato a vice-governador do estado de Maryland, Anthony Brown, faz campanha no metro da área de Washington distribuindo literatura de campanha e apelando ao voto.

“Esta é uma eleição muito importante, porque apesar do presidente Obama não estar a concorrer, é importante que o presidente possa contar com parceiros nos governos estaduais para poder avançar a sua agenda,” afirma este candidato democrata.

Acredita-se que Obama se re-candidate em 2012. Contudo, hoje grande parte da chamada agenda Obama está vulnerável, quando as sondagens apontam para uma vitória dos republicanos na Câmara dos Representantes e ganhos substanciais no Senado e nas corridas à governação estadual.

Em campanha pelo estado da Califórnia, Obama conseguiu o apoio de nomes sonantes do mundo dos espectáculos como Jamie Foxx, o actor que gritava a plenos pulmões “Não podemos perder o entusiasmo de há dois anos.”

Na Califórnia, tal como em toda a América “criação de postos de trabalho” é questão primordial para os eleitores. Tanto quanto o é a economia, em geral.

Joseph Eyong, um camaronês e apoiante dos democratas, sustenta que os americanos não podem deixar de votar a 2 de Novembro. Mas há democratas como Ed Webber, que votaram Obama e que hoje estão desiludidos porque, afirmam, o presidente não lhes deu aquilo que prometeu. Outros argumentam, em defesa do presidente, que ele cumpriu, pois conseguiu aprovar a reforma do sistema de saúde. E muitos economistas dão credito a Obama por ter salvo os Estados Unidos da pior recessão económica desde a depressão de 1930.

“Muitas pessoas que esperavam uma onda gigantesca de mudanças não compreendem quão difícil é mudar o status quo,” afirma Susan Miller uma dinamizadora de actividades de campanha. Mas Norma Korland, uma eleitora democrata da terceira idade afirma que já viveu o suficiente para saber que mudanças não acontecem da noite para o dia.

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