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EUA abrem base de "drones" na Etiópia


EUA abrem base de "drones" na Etiópia
EUA abrem base de "drones" na Etiópia

Aviões não tripulados operam agora a partir das Seychelles, Djibouti e Etiópia. Tropas americanas estão também no Uganda

Os Estados Unidos estão a operar aviões não tripulados a partir de uma base no sul da Etiópia.

A notícia – dada em primeira mão pelo jornal Washington Post e confirmada oficialmente – é mais um indício claro de um crescente envolvimento americano em operações militares no leste de África e de um aumento do cerco militar á Somália

Segundo o Washington Post os aviões não tripulados Reaper estão a operar a partir de Arba Minch, uma cidade situada a cerca de 50 quilómetros do sul de Addis Abeba e a cerca de 900 quilómetros da fronteira da Somália.

Um porta-voz da força aérea confirmou a presença americana no local afirmando que isso se destina a “fornecer apoio técnico e operacional a programas de ajuda de segurança”.

Os aviões não tripulados Reaper são uma das versões mais avançadas desse tipo de aeronave que está a ser extensivamente usado em ataques contra forças Talibã e da Al Qaida no Afeganistão e Paquistão. Os aviões já foram também utilizados em ataques no Iémen e na Somália.


A sua presença em Arba Minch indica que os Estados Unidos estão a estabelecer uma constelação de aeródromos através da região destinadas a cercar a Somália e outras regiões do leste de África com aviões não tripulados capazes de levarem a cabo missões de reconhecimento e também ataques.


Outras bases de onde os aviões não tripulados estão situadas em Djibouti e nas Seychelles.


Djibouti é o local onde está situada a única base permanente dos Estados Unidos. Cerca de 3.000 fuzileiros e um numero indeterminado da aviões não tripulados estão ali estacionados.


Aviões não tripulados estão a operar a partir das Seychelles há vários meses em apoio a missões anti-pirataria.


Mas os “drones” (aviões não tripulados) que operam a partir das Seychelles têm agora também a capacidade de levar a cabo ataque e segundo especialistas o uso das Seychelles dá maior capacidade de surpresa e ataque contra alvos de organizações terroristas que operam na Somália. Três ou quatro “drones” do tipo Reaper operam a partir das Seychelles com o apoio de cerca de 100 militares americanos.


O governo britânico – um aliado firme dos Estados Unidos - está entretanto a negociar com as Seychelles para estabelecer na ilha um centro de recolha de informações ou “intelligence”.


.Uma outra base secreta está a ser estabelecida na península árabe com o objectivo de alargar essa capacidade no leste de África, disse também o Washington Post, mas desconhece-se a sua localização.


Os Estados Unidos sob a presidência de Barack Obama têm vindo a alargar a sua presença militar na zona com apoio logístico ás forças do Uganda e Burundi estacionadas na Somália.


Este mês foi anunciado que cerca de 100 conselheiros armados, a maior parte elementos de forças especiais americanas, vão estar envolvidos na luta contra o chamado Exército de Resistência do Senhor (Lord´s Resistance Army) que opera no norte do Uganda e ainda na Republica Centro Africana e Congo.


A presença militar americana senão mesmo o seu aumento deverá continuar. O chefe de estado-maior das forças armadas americanas o General Martin Dempsey disse a um comité da da Câmara dos Representantes que os estados unidos têm que permanecer activos em África porque os terroristas “têm redes globais” sendo “um dos locais onde estão activos o continente africano”.



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