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Libéria: Sirleaf tem "aliado surpresa" na 2ª volta das presidenciais


Flanked by Chancellor Angela Merkel and Berlin Mayor Klaus Wowereit, U.S. President Barack Obama  waves at the Brandenburg Gate in Berlin June 19, 2013.
Flanked by Chancellor Angela Merkel and Berlin Mayor Klaus Wowereit, U.S. President Barack Obama  waves at the Brandenburg Gate in Berlin June 19, 2013.

Presidente Sirleaf é apoiada por Prince Johnson, fotografado a beber uma cerveja enquanto assistia à torturta do ex-Presidente Samuel Doe

A presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf vai participar na segunda volta das eleições presidenciais com o apoio de Prince Johnson, um antigo leader rebelde durante a guerra civil.

Ellen Johson Sirleaf e Prince Johson não são aliados óbvios. A actual presidente liberiana é formada pela Universidade de Harvard, foi ministra das Finanças e funcionária do Banco Mundial e das Nações Unidas. Foi igualmente laureada, este mês, com o prémio Nobel da paz.

Quanto a Prince Johson é mais conhecido pelo vídeo no qual bebe cerveja enquanto os seus homens torturavam o ex-presidente Samuel Doe.

Convertido ao cristianismo na Nigéria, a sua carreira no senado liberiano tem assentado essencialmente na campanha em prol dos ex-combatentes.

Prince Johson juntou a sua voz à de outros candidatos da oposição no sábado denunciando os resultados eleitorais como sendo fraudulentos e exigindo a dissolução da comissão eleitoral.

Contudo quando se verificou que a presidente Sirleaf não conseguia obter 50% dos votos, o seu partido pediu o apoio de Johnson na terceira posição durante a segunda volta das presidenciais. Johnson concordou considerando-a o menor dos males.

Johnson afirmou que não apoiava o Winston Tubman que ficou na segunda posição na primeira volta visto que ele pretendia levá-lo a tribunal acusado de crimes de guerra.

De acordo com a comissão de reconciliação liberiana, tanto Johnson como Sirleaf deviam ser impedidos de ocuparem cargos públicos acusando a actual presidente de ter angariado dinheiro para os rebeldes de Charles Taylor.

Sirleaf reconheceu que angariou cerca de 10 mil dólares para Taylor mas salientou que deixou de fazê-lo quando Taylor começou a violar os direitos humanos na sua marcha em direcção a Monróvia.

Quanto a Johnson afirma que não há provas de que tenha cometido crimes de guerra salientando que o vídeo da tortura de Samuel Doe não demonstra que ele assassinou o antigo presidente.

Contando com o apoio de Prince Johnson, Ellen Johnson Sirleaf defrontar-se-á com Winston Tubman na segunda volta das presidenciais liberianas no dia 8 de Novembro.

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