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Uganda: Tropas dos EUA apoiam combate aos rebeldes


Apoio militar americano ao Uganda pode livrar o país dos ataques do LRA, mas alguns actores perguntam porque razão os americanos decidiram vir agora em ajuda
Apoio militar americano ao Uganda pode livrar o país dos ataques do LRA, mas alguns actores perguntam porque razão os americanos decidiram vir agora em ajuda

Decisão do presidente Obama em enviar uma centena de tropas especiais a Uganda levanta dúvidas de cidadãos

Membros do governo do Uganda disseram que a recente decisão de envio de conselheiros militares americanos para a região é uma medida bem recebida, na luta contra os rebeldes do Exercito da Resistência do Senhor - LRA.

Contudo a correspondente da VOA em Kampla, Hilary Heuler, diz que alguns ugandeses mostram-se cautelosos com o momento em que a decisão foi tomada e as verdadeiras intenções dos americanos.

Uma centena de pessoal militar, na sua maioria membros das forças especiais vão brevemente apoiar as forças armadas ugandesas na luta contra Joseph Kony, líder de um movimento que tem aterrorizado o norte do país durante 20 anos. O primeiro grupo desses militares americanos chegou na semana passada a Kampala.

A ministra da presidência do Uganda, Kabakumba Masiko aplaude o apoio militar internacional na luta contra o Exercito de Resistenciia do Senhor de Joseph Kony.

“Temos dito sempre a todos que queriam ouvir o LRA que este era uma organização terrorista. Se todos estivessem do nosso lado para lidar com LRA e acabar com isso, será uma óptima acção.

O principal projecto do Exercito da Resistência do Senhor é a instauração de um Estado teocrático no Uganda. O grupo tem ganho notoriedade através de ataques extremistas brutais contra civis, incluindo violações de mulheres, mutilações e torturas. O LRA é igualmente responsável pelo rapto de dezenas de milhares de crianças adolescentes, que usa como crianças soldados e escravos sexuais.

O líder do grupo, Joseph Kony e mais três dos seus oficiais estão actualmente sob um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Nos últimos anos Kony e a sua organização abandonaram o norte do Uganda para encontrarem o refúgio nos países vizinhos, incluindo o Sudão do Sul, a Republica Centro Africana e a República Democrática do Congo. Numa carta dirigida ao Congresso na passada Sexta-feira, o presidente Obama descreveu o grupo como uma ameaça a estabilidade regional.

Os militares americanos enviados para a região não estarão engajados em operações directas contra o LRA, apenas e se for o caso de defesa-pessoal. A ministra da presidência do Uganda Kabakumba Masiko diz que o papel dos americanos vai ser principalmente de aconselhamento.

“Vai ser no domínio de recolha e partilha de informações e de ligação.”

Enquanto os responsáveis ugandeses têm acolhido de forma positiva a chegada de militares americanos, alguns ugandeses comuns perguntam porque razão os americanos decidiram agir só agora.

“Eu questiono as intenções deles, porque esperaram cerca de 20 anos para vir em ajuda. Portanto suspeito que existem outros motivos. Eles podiam realmente ajudar… francamente temos maiores necessidades do que o Joseph Kony actualmente.”

O envio das forças especiais americanas está em acordo com o compromisso do presidente Barack Obama em promover a governação e os direitos humanos em África. As forças americanas irão basicamente assistir as forças armadas do Uganda que tem assumido a o protagonismo na luta contra o Exercito da Resistência do Senhor.

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