A ADRA, organização não governamental dedicada ao trabalho junto de comunidades agrícolas rurais acaba de organizar mais uma Conferência de comunidades.
O encontro que contou com a presença do ministro da Administração do Território Bornito de Sousa, reuniu dezenas de representantes comunitários vindos de diversos pontos do país.
Os conflitos de terra voltaram a centralizar o debate, com o ministro a admitir excessos e a manifestar abertura para o diálogo com a sociedade.
Proporcionar o debate sobre os programas governamentais de apoio ao desenvolvimento rural e partilhar com os membros das comunidades informações sobre a Constituição, foram dos objectivos essenciais desta reunião, segundo nota distribuída pela organização.
O dia de ontem ficou marcado pela troca de experiências vividas nas comunidades. As dificuldades que as famílias estão a enfrentar por causa da deficiente estrutura comercial de distribuição, o tema esteve igualmente na ordem do dia.
A acompanhar os trabalhos esteve Bornito de Sousa, ministro da Administração do Território. O titular interveio com o tema a Constituição e os Direitos dos Cidadãos.
A carta Magna aprovada no começo do ano prescreve estes direitos. Só que vai grande distância da teoria a prática.
Isto mesmo reconheceu o titular que deixou a mensagem de maior cooperação com a sociedade para que sejam minimizadas incompreensões.
Num dos mais recentes episódios, o ministro recordou-se da OMUNGA-organização cívica de Benguela, para ressaltar a sua utilidade social.
Apesar do acesso ao Crédito Agrícola dificultado por questões de ordem burocrática, ser hoje um dos problemas, foram os conflitos sobre a posse da terra que mais suscitaram debate. A solução é óbvia (!) segundo disse o nosso interlocutor. Basta que seja cumprida a lei nos termos em que ela própria prescreve.