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Primavera Árabe e problema da Palestina dominam a Assembleia Geral da ONU


Reunião do Conselho de Segurança da ONU, sobre o programa nuclear do Irão, Setembro 2011 (Arquivo)
Reunião do Conselho de Segurança da ONU, sobre o programa nuclear do Irão, Setembro 2011 (Arquivo)

Secretário-geral Ban Ki-moon olha para a agenda e diz que vai haver uma mão cheia de temas a debater este ano

Na próxima semana os líderes mundiais se reúnem em Nova Iorque na assembleia anual das Nações Unidas.

Desde o último encontro de Setembro do ano passado muita coisa mudou, incluindo as inesperadas mudanças políticas no Médio Oriente e o fim da trégua entre israelitas e palestinianos.

Tal como o Secretário-geral das Nações Unidas fez questão de realçar, os líderes mundiais vão ter uma mão cheia de problemas e de desafios a debater durante esse encontro anual.

“A crise económica global continua a agitar os bancos, negócios, governos e famílias em todo o mundo. Fazemos face a uma extraordinária lista de desafios geopolíticos e humanitários – a fome na Somália, depois das repercussões da Primavera Árabe, de conflitos ainda em curso em alguns países e transições difíceis noutros. Tudo isso em adição somar a profundas transformações políticas, económicas e ambientais que estão a dar novo rosto ao mundo.”

Talvez o mais estimulante e inesperado desses desenvolvimentos é o movimento pró-democracia que teve o início na Tunísia e se alastrou pelo Norte de África e o Médio-Oriente.

O antigo embaixador do Iémen nas Nações Unidas, Abdullah Alsaidi demitiu-se do cargo em Março depois da morte de dezenas de manifestantes pró-democracia no seu país. Actualmente trabalha no Instituto Internacional de Paz em Nova Iorque.

“Alguns países precisam de assistência económica, outros podem até não, porque têm o petróleo – como os líbios. Os Sírios e os Iemenitas vão eventualmente necessitar de ajuda económica. Mas vão precisar igualmente de apoios políticos. Vão precisar para ajudar essas pessoas na mudança de regimes ditatoriais para regimes democráticos.”

Os líderes mundiais estão também ansiosos para ouvir dos responsáveis palestinianos se deverão ou não requerer o reconhecimento do Estado da Palestina as Nações Unidas através do Conselho de Segurança, ou optarem por uma posição menos conflituosa que seria o de mudança de estatuto de Entidade observador para o de Estado não-membro e observador na Assembleia Geral da ONU.

Os Estados Unidos já informaram que iriam vetar o pedido de reconhecimento do Estado Palestiniano no Conselho de Segurança, afirmando que prefeririam que fosse primeiro negociado com Israel um roteiro para a sua implementação.

Mas o enviado palestiniano nas Nações Unidas, Riyad Mansour diz que, quer seja pelo Conselho de Segurança ou pela Assembleia Geral, o objectivo é a obtenção do estatuto de membro de pleno direito nas Nações Unidas.

“Um dos passos pode ser por via rápida, ou outro por vias normais através da Assembleia Geral. Em ambos casos, os dois caminhos vão dar à Roma.”

Para além do Médio Oriente existem várias outras reuniões ao mais alto nível da próximo semana, incluindo as sobre a guerra no Afeganistão, a fome no Corno de África, a segurança nuclear e a contenção da ameaça terrorista global, além de outros assuntos como a saúde.

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