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No Bié a situação continua tensa


No Bié a situação continua tensa
No Bié a situação continua tensa

Polícia sustenta não ter feito uso excessivo da força

Policia Nacional na província do Bié nega ter havido uso excesso da força dos agentes durante a repressão dos moto-taxistas que manifestaram-se, na passada segunda feira, contra os excessos policiais.

António Hossi, porta-voz do Comando provincial da polícia nacional no Bié confirmou ocorrência de uma morte, enquanto os motoqueiros falam no falecimento três pessoas dos quais uma criança que estava nas costas duma senhora transportada por um motoqueiro, um jovem e um agente da policia.

Segundo contaram as fontes, o policial morreu em consequência da pancadaria que recebeu dos manifestantes, ao passo que, as duas outras pessoas foram baleadas pelos agentes da polícia.

Manifestantes reportaram ainda que, um outro motociclista foi alvejado na perna pela polícia e se encontra gravemente ferido.

Por sua vez, António Hossi disse que, a intervenção policial foi para neutralizar os manifestantes que invadiram uma unidade policial.

Entre os manifestastes, acrescentou Hossi, dois portavam duas armas de fogo, tendo na troca de tiros com a polícia, acertado num motociclista que acabou por falecer.

Referiu ainda que, durante a manifestação os motoqueiros agrediram 8 agentes da polícia que se encontravam na rua e desmentiu as alegações de registo de casos de violência e maus tratos contra os motociclistas durante a realização de operação stop de controlo dos moto-taxis.

Os moto-taxistas disseram a Voz da América que, os confrontos entre a polícia e os motoqueiros surgiram na sequência da repressão policial e desmentem o porte de duas armas de fogo por parte dos manifestantes durante os protestos.

“ Eles próprios é que deram tiros” disse um dos manifestantes, acrescentando que, “ nós lutamos com barrotes e pedras, se tivéssemos armas mataríamos a tiro muitos policias como fizeram com os nossos colegas.”

Refira-se que, o secretário provincial da UNITA, Iliote Ekolelo, deplorou o comportamento da polícia, alegando ter havido uso desnecessário da força.

A cidade continua tensa pois muitos "motoqueiros" ameaçam retaliar contra a polícia. Em função das ameaças a polícia nacional reforçou o seu efectivo no Bié.

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