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Alarga-se Guerra Secreta ao Terrorismo


Relatorio americano sobre terrorismo
Relatorio americano sobre terrorismo

Apesar de não ser publicamente documentada, parece que os Estados Unidos utilizam cada vez mais operações secretas na luta contra os seus adversários na guerra ao terrorismo.

Um dos primeiros indícios do uso de operações secretas foi em Maio passado, quando John Brennan, assistente do Presidente Obama para Operações de Segurança Interna e contra terrorismo, falou numa reunião privada em Washington, sobre a Estratégia de Segurança Nacional do Presidente Obama:

“Por forma impedir que a al-Qaida e os seus associados extremistas encontrem santuários seguros, devemos levar-lhes a luta onde quer que estejam a treinar ou conspirar contra nós, no Afeganistão, no Paquistão, no Iémen ou na Somália, por toda a parte. Não estamos apenas a vibrar golpes certeiros contra a liderança de todos estes grupos, mas estamos ainda a ajudar os respectivos governos a organizarem a sua capacidade de luta para a sua própria segurança.”

A Voz da América tentou obter uma reacção oficial sobre da expansão das operações secretas. Um responsável do governo americano respondeu, citamos: “A ameaça é na realidade global, de modo que a nossa resposta não pode ser limitada. Devemos utilizar todos os meios ao nosso alcance para confrontar os terroristas.”

Talvez a frente de luta mais conhecida pelo público em geral seja a utilização de aviões não pilotados contra alvos terroristas no Paquistão. Mas, há também notícias de operações secretas no Iémen, em certas zonas da África e no Afeganistão.

Daniel Markey, destacado membro do Conselho das Relações Internacionais afirma que as forças americanas operam em várias zonas do Continente Asiático, no Paquistão e Afeganistão, por exemplo. Mas quem de facto participa nessas operações?

“Na minha opinião há diversos actores americanos, tal como referem as notícias. Alguns são forças especiais, outros podem-se classificar na categoria de agências, a CIA, uma delas.”

Markey adiantou ser a própria natureza do terrorismo que torna essas operações secretas.

“As operações secretas desta natureza são necessárias nos países onde os respectivos governos não desejam ou são incapazes de enfrentar o problema, tais como o Iémen ou a Somália, Afeganistão, e até certo ponto o Paquistão.”

Alguns sectores de opinião pública opõem-se a estas operações, afirmando que reacendem sentimentos anti-americanos entre as populações locais, ou, dizem outros, criam a confusão entre soldados, espiões e outros agentes envolvidos, e ainda, que as mesmas podem ser contrárias às Convenções de Genebra.



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