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Desigualdade social continua a prejudicar o interior e Angola


Desigualdade social continua a prejudicar o interior e Angola
Desigualdade social continua a prejudicar o interior e Angola

Situação não mudou quando comparada com o tempo colonial

A desigualdade social é mais acentuada nas províncias do interior. Este é um quadro que não mudou se comparado com o tempo colonial

Diz o relatório divulgado quinta-feira, que Luanda é que mais absorve do rendimento do petróleo, identificada como causa de desigualdade nacional.

O relatório da OSISA (organização Open Society), tinha sido encomendado há três anos mas não foi publicado por causa da sensibilidade política do momento de véspera de eleições.

Com cerca de 88 páginas, o documento passa em revista os aspectos históricos essenciais que contribuíram para desigualdade em Angola, desde o período colonial, a ascensão a independência, o regime comunista, e os conflitos armados.

Esta é um trabalho eminentemente crítico sobre a realidade social do país e apresenta soluções na parte final.

Elias Isaac é o responsável da OSISA em Angola. “O Executivo precisa de sair da retórica para a prática” lê-se a dado passo, por comparação entre o que se diz e aquilo que é feito pelos governantes.

Apesar das guerras serem apontadas como causa de empobrecimento, o documento traz exemplos sobre localidades próximas da capital de Angola e não directamente afectadas no tempo de conflito.

Kwanza Sul e Bengo são dois destes exemplos, com 38% de ajuda alimentar recebida e outros 15% de famílias com insegurança alimentar.

A Constituição angolana prevê um Estado Unitário, mas o terreno parece apresentar sinais de gestão discriminada.

Investir no ensino é medida recomendada de curto prazo; ao passo que no longo prazo propõe-se a revisão das alianças estratégicas de Angola, de modo a torná-las efectivamente prosseguidas.

Angola tanto pode ser um país de sucesso como foi a Malásia, como poderá seguir o caminho da Nigéria de riqueza delapidada.

Citando um outro investigador, Paul Collier, o relatório vaticina os próximos 30 anos como determinantes na definição da tendência do país.

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