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Conferência da SIDA entra no seu quinto dia


A conferência internacional sobre a SIDA entrou hoje no seu quinto dia em aqui em Washington tendo sido abordadas as duas actuais vertentes bem claras da doença.

Conferência da SIDA entra no seu quinto dia

A conferência internacional sobre a SIDA entrou hoje no seu quinto dia em aqui em Washington tendo sido abordadas as duas actuais vertentes bem claras da doença.

Tal como em outras questões a epidemia da SIDA tem duas faces: A do mundo desenvolvido e a do mundo em desenvolvimento.

Aqui nos Estados Unidos por exemplo os homossexuais são quase 50% das pessoas infectadas com o vírus e 61% das infecções anuais são registadas entre homossexuais.

No mundo em desenvolvimento, como por exemplo em Moçambique, isso é uma questão insignificante.

Para além disso a doença no mundo industrializado é praticamente controlável sendo quase que uma doença crónica controlável entre as pessoas afectadas.

No mundo em desenvolvimento a situação é bem diferente. Em Moçambique por exemplo apenas 49% das pessoas infectadas recebem os medicamentos anti-retrovirais.

Bem mais de 90% dos lucros das companhias farmacêuticas em produtos anti retrovirais são obtidos nos medicamentos vendidos no mundo desenvolvido e daí que por exemplo haja muitos poucos fundos gastos em investigação e medicamentos para crianças com HIV. Nos Estados Unidos e Europa isso é um problema insignificante. No mundo em desenvolvimento isso é um enorme problema devido à transmissão de mãe para filhos.

Portanto uma epidemia com duas faces: uma a face que se vê nos países desenvolvidos, a outra a face que se vê nos países pobres.

Um médico que trabalha na República Democrática do Congo disse estar convencido que em países como nos Estado Unidos se irá eventualmente assistir ao fim da doença. Mas isso, disse ele não se vai registar no Congo. Porquê? Por razões disse ele que nada têm a ver com a ciência ou medicina.

Hoje no seu quinto dia, a conferência seguiu no seu esquema habitual. Sessões plenárias onde vêm grandes figuras dar o seu contributo pessoal à luta contra a SIDA, sessões essas acompanhadas de dezenas de reuniões mais pequenas onde as mais diversas facetas do problema são analisados.

Fundos para os próximos cinco anos e a constante luta sobre os preços dos medicamentos são alguns dos pontos em discussão.

Ontem uma manifestação paralisou uma dessas reuniões em que congressistas americanos discutiam o financiamento da luta contra a SIDA. O painel incluía congressistas dos dois partidos.

Ao fim de cerca de cinco minutos de interrupção a líder dos manifestantes gritou: Os congressistas têm agora a palavra.

E a sessão continuou. Com um sinal positivo para os manifestantes.

O senador Marco Rubio, republicano da Florida, que se opõe na generalidade a um aumento de gastos do governo disse que a ajuda externa é apenas cerca de um por cento do orçamento americano pelo que qualquer redução nessa ajuda não terá um efeito prático no deficit americano.

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