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Congresso interpela Casa Branca sobre Boko Haram


Membros do Boko Haram
Membros do Boko Haram

Um subcomité do Comité para as Relações Externas da Câmara dos Representantes efectuou terça-feira uma audição sobre a política dos Estados Unidos para com a Nigéria, onde um alto funcionário do Departamento de Estado defendeu a decisão da administração Obama de não designar o grupo militante islâmico Boko Haram como uma organização terrorista.

Congresso interpela Casa Branca sobre Boko Haram

Um subcomité do Comité para as Relações Externas da Câmara dos Representantes efectuou terça-feira uma audição sobre a política dos Estados Unidos para com a Nigéria, onde um alto funcionário do Departamento de Estado defendeu a decisão da administração Obama de não designar o grupo militante islâmico Boko Haram como uma organização terrorista.

O presidente do subcomité para África, Saúde Global e Direitos Humanos, o republicano Chris Smith, apelou aos Estados Unidos e a todos os membros da comunidade internacional para fazerem mais no sentido de fazer parar os ataques de militantes islâmicos contra aldeias cristãs na Nigéria.

O Boko Haram matou mais de mil pessoas na Nigéria durante os últimos dois anos. A violência tem também prejudicado o desenvolvimento económico, o investimento e o comércio no mais populoso país e maior produtor de petróleo de África.

O congressista Chris Smith perguntou repetidamente ao secretário de Estado adjunto para os Assuntos Africanos, Johnnie Carson, porque é que os Estados Unidos não tomaram uma acção para designar o Boko Haram como uma organização terrorista. Carson notou que os Estados Unidos recentemente acrescentaram três dos principais líderes do Boko Haram na lista dos mais procurados terroristas do mundo, mas disse que o grupo não é homogéneo. Afirmou que só uma pequena parte do grupo é sofisticada e letal, mas acrescentou:

“Pensamos que a maior parte do Boko Haram não está interessada em fazer nada a não ser tentar desacreditar e desgraçar o governo nigeriano.”

Carson disse que o Boko Haram tira partido sobre a pobreza e a miséria na parte norte da Nigéria e pediu ao governo nigeriano para endereçar a causa principal do problema através de uma melhor governação para todos os nigerianos.

O congressista Smith rejeitou qualquer asserção de que o terrorismo é causado por problemas sociais e económicos, afirmando que o Departamento de Estado subestima a ameaça de militantes islâmicos que querem impor a Sharia ou Lei Islâmica:

“Ideologia que seja altamente radicalizada pode por vezes tirar partido da pobreza, mas pessoas pobres não se tornam necessariamente terroristas ou assassinos. Francamente, isso é um insulto às pessoas pobres.”

O secretário de Estado adjunto para os Assuntos Africanos, Johnnie Carson, disse que os Estados Unidos estão a ajudar a Nigéria a fortalecer a sua segurança fornecendo à polícia treino de investigação e forense e pediram aos militares nigerianos para não cometerem abusos de direitos humanos enquanto procuram militantes do Boko Haram.

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