Tropas da CEDAO no parlamento
Tropas da Comunidade Económica e de Desenvolvimento da África ocidental, CEDAO, tomaram posições no parlamento da Guiné Bissau provocando o abandono do mesmo pelos deputados do PAIGC.
A CEDAO diz que a decisão de enviar algumas tropas para o parlamento guineense se enquadra no acordo para o envio da sua força de paz após o golpe de estado de 12 de Abril
Esses acordo prevê que a força policial e militar da CEDAO tem como missão garantir a segurança dos órgãos de soberania, instituições públicas e individualidades ligadas a elas, bem como figuras politicas ligadas ao governo deposto que possam estar em situação de insegurança.
O destacamento da CEDAO chegou ao parlamento quando decorria uma sessão parlamentar.
A bancada parlamentar do PAIGC disse não ter sido informada do envio dos militares para o parlamento tendo decidido abandonar os trabalhos até receber esclarecimentos.
O Presidente interino do parlamento disse desconhecer os pormenores da decisão que surge numa altura delicada no parlamento devido a desentendimentos entre o PAIGC e o Partido da Renovação Social sobre o a composição da liderança do parlamento.
O PAIGC disse que não voltará ao parlamento enquanto aqueles militares da CEDAO ali estiverem.
O PRS condenou o PAIGC afirmando que a presença do destacamento da CEDAO é legal
Tropas da CEDAO estão também agora instaladas na presidência da república e na sede do governo.
A CEDAO conta neste momento com mais de 600 militares e policias na Guiné Bissau ao abrigo de um acordo que prevê uma transição de 12 meses seguida de eleições gerais.