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Mais de 50 pessoas presas em Luanda após manifestações


Manifestação dos veteranos de guerra em Luanda, Angola (Junho 2012)
Manifestação dos veteranos de guerra em Luanda, Angola (Junho 2012)

Governo nega terem-se registado mortes durante confrontos na Quarta-feira

Mais de 50 pessoas presas

Mais de 50 pessoas foram presas pelas autoridades angolanas na sequência das manifestações de ontem de desmobilizados das forças armadas, disseram hoje fontes em Luanda.

O governo provincial de Luanda confirmou terem-se efectuado prisões mas negou que se tivessem registado vítimas nos confrontos de ontem durante uma manifestação de desmobilizados.

Manifestantes disseram ontem que durante os confrontos a polícia tinha feito uso de armas de fogo resultando no ferimento de vàrias pessoas, havendo também noticias não confirmadas de duas mortes.

O governo provincial de Luanda disse que os incidentes se tinham registado já depois das autoridades terem retomado o pagamento dos subsídios de desmobilização de ex-militares e disse terem se registado detenções não especificando contudo o numero.

O tenente-general Artur de Oliveira, do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, acusou agitadores de se terem infiltrado entre os ex-militares para provocar distúrbios.

O jornalista Coque Mukuta disse á Voz da América que mais de 50 pessoas tinham sido presas durante a manifestação ou após a mesma.

Mukuta disse que o governo tinha começado a efectuar pagamentos mas que estes não incluíam todos os desmobilizados.

“Uma boa parte” dos desmobilizados não estão ser pagos, disse Mukuta.

“Por exemplo, em Viana vivem muitos ex-militares e foi publicada uma lista com 70 ou 73 ex militares,” disse.

“Muitos desses ex- militares não são contemplados e não têm uma explicação porque é que não são contemplados,” acrescentou.

O jornalista disse ter havido “muitos” feridos durante as manifestações de ontem mas disse que não se confirmar a morte de duas pessoas.

Segundo os manifestantes um deles teria sido atingido por um tiro na cara e outro nas costas, mas Mukuta disse não se saber esses dois indivíduos tinham morrido.

As autoridades angolanas não negaram que tivessem sido disparados tiros durante a manifestação afirmando que face a “actos desordeiros” a polícia tinha sido chamada a manter a lei, a ordem e a tranquilidade públicas, em conformidade com as normas jurídicas legalmente estabelecidas".

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