Islamicos condenam ataque
Pela segunda semana consecutiva, a Nigéria está a ser abalada por ataques em que têm causado mortos e feridos.
Os ataques de cariz sectário têm tido como objectivo igrejas cristãs.
Numa carta aberta ao governo federal, Jamaatu Nasril Islam, um grupo que agrega varias organizações muçulmanas na Nigéria,condenou os recentes ataques bombistas a igrejas em Jos e Biu, em que morreram 3 pessoas, ficando feridas 41 outras.
O grupo disse que os ataques são “bárbaros” .
Jamaatu Nasril Islam apelou ao governo nigeriano para investigar alegações de contrabandos de armas em Jos,cidade conhecida como sendo o epicento da violência sectaria durante os ultimos mais de 10 anos.
O portavoz da seita islamista Boko Haram, disse a jornalistas que o grupo assume a responsabilidade pelos ataques às igrejas em todas as três cidades.
Shuaibu Bell, clérigo no estado de Bauchi, onde um bombista suicida matou 15 pessoas, ferindo 42 outras, classificou os ataques de produto de “ignorância e política”.
Os líderes politicos, religiosos e tribais na Nigéria são muitas vezes acusados de exagerarem as diferenças sectàrias a fim de provocarem conflitos e conquistarem o poder.
A violência sectària tem afectado a Nigéria há décadas, muito antes do advento do Boko Haran.
Boko Haran tem atacado igrejas, escolas, mercados, instituições da comunicação social, esquadras da policia e a sede local das Nações Unidas.
Dalhat Hamid,activista islamico em Bauchi atribui ao governo a responsabilidade pela intensificação dos ataques do Boko Haram:
“O governo não tem manifestado qualquer interesse no que respeita tanto aos ataques bombistas do grupo como na solução de muitos problemas economicos que são a sua razão de ser,” disse.
Hamid disse que o diálogo entre as partes é essencial para a solução da crise do Boko Haram na Nigéria.