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Bispos da SADC determinados no combate ao tráfico de seres humanos


Moçambique tem sido um dos países da Africa Austral conhecido como placa transitória no tráfico de seres humanos
Moçambique tem sido um dos países da Africa Austral conhecido como placa transitória no tráfico de seres humanos

Conferência que decorreu em Maputo pôs em aberto as fragilidades institucionais mas galavanizou os particpantes em torno de um problema

Reunião de Bispos católicos da SADC em Maputo

Bispos e padres católicos, freiras, e representantes de instituições do Estado e de organizações não-governamentais, representando países da África Austral.

Na mesma sala para falar de um problema que a Igreja considera muito sério: tráfico de seres humanos, um crime que é, parafraseando os religiosos, cometido por monstros. Gente que não olha a meios para atingir os fins.

Dom Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo, um dos eclesiásticos presentes no Centro de Conferências das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras de Mumemo, em Marracuene, província de Maputo, sul de Moçambique, onde, desde esta terça-feira vinha decorrendo uma acção de formação.

Uma capacitação promovida e organizada pela Rede da África Austral que luta contra o Tráfico e Abuso de Crianças, SANTAC, e pela IMBISA, Associação Inter-Regional dos Bispos Católicos da África Austral.

“Erradicação da Violência, da Exploração e do Tráfico Humano”, este foi o lema da acção formativa na qual participaram bispos da Igreja Católica que se mostram indignados.

Indignados com o sofrimento e a humilhação das vítimas, especialmente mulheres e crianças, que são levadas para diferentes pontos do continente e do mundo e depois exploradas.

São prostituídas, violentadas e vendidas a preços altíssimos.

Dom Vicente Kiaziku, Bispo de Mbanza Kongo, a capital da província do Zaire, norte de Angola, em declarações à Voz da América.

Dom Vicente Kiaziku é um dos participantes a esta capacitação que encerrou esta quarta-feira, e que teve lugar em Marracuene, província de Maputo, tendo como pano de fundo a problemática do tráfico de seres humanos, um crime que, no entender de Augusto Paulino, Procurador-Geral da República, só poderá ser mais eficazmente combatido se houver uma mais estreita colaboração e cooperação internacionais.

E, para Augusto Paulino, Procurador-Geral da República, a acção contra os traficantes de seres humanos deve ser mais vigorosa.

Paulino reconheceu que há fragilidades institucionais, mas disse que, da parte da Procuradoria-Geral da República de Moçambique, enquanto guardião da legalidade, tudo será feito para garantir que esta luta tenha um vencedor: os homens que querem o bem de outros homens, apontando como importante, fundamental o apoio e assistência às vítimas. Vítimas que não devem nunca ser tratadas como criminosos ou imigrantes ilegais.

Pelo mesmo diapasão alinham os bispos católicos.

Os traficantes, dizem os bispos, são maus e gananciosos, chegando mesmo a matar, se necessário for, para alcançar os seus intentos.

E a Igreja não pode ficar indiferente ao sofrimento e humilhação dos filhos de Deus disse Dom Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo, aos microfones da Voz da América.

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