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Guiné-Bissau: Decisão da CEDEAO evita a guerra, diz analista político


Manuel Serifo Nhamadjo, durante a campanha eleitoral (Arquivo)
Manuel Serifo Nhamadjo, durante a campanha eleitoral (Arquivo)

Rui Landim faz a leitura da situação e diz que a nomeação de Serifo Nhamadjo era a única saída de uma crise que podia conduzir a guerra

Rui Landim analisa nomeação de Nhamadjo

O analista político Bissau-guineense Rui Landim corrobora a decisão da CEDEAO em aceitar a nomeação de Manuel Serifo Nhamadjo, presidente interino da Aseembleia Nacional para presidir a transição e diz ser uma medida possível, e embora não foi fosse desejada por uma das partes.

Na sua entrevista a Voz da América, o politólogo guineense sublinha que há muito que o seu país vivia num imbróglio político resultante da vacatura do poder imposta pela morte natural do presidente Malam Bacai Sanhá.

“Mas é preciso compreender que a Guiné-Bissau já se tinha mergulhado num imbróglio político desde o falecimento do presidente eleito Malam Bacai Sanhá e estava numa situação especial, para não dizer atípica…” afirmou Rui Landim.

Questionado se tinham ou não fundamento as críticas em relação a CEDEAO por parte de alguns sectores políticos acusam a organização sub-regional de se ter aliado aos golpistas, Rui Landim diz ser compreensível, tanto mais que o slogan “tolerância zero ao golpe de Estado” não se consumou.

Landim diz que há uma situação complexa e de perigo de derrapagem para uma guerra, e que ainda assim essas acusações revelam o desapontamento de algumas pessoas que estavam a espera por algo diferente.

“É fácil fazer oposição e naturalmente com alguma dôr de cotovelo por parte de algumas organizações que queriam o protagonismo que não conseguiram” rematou o analista político.

Rui Landim diz por outro lado que a decisão da CEDEAO inscreve-se como constitucional e é apoiada pelo artigo 71º da constituição guineense.

Quanto as garantias para a sua aplicação o analista político disse que a CEDEAO não deverá de fazer pressões sobre os militares para que cumpram as tramitações da lei.

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