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BRICS fortalecido com ingresso da África do Sul


BRICS fortalecido com ingresso da África do Sul
BRICS fortalecido com ingresso da África do Sul

Analistas discutem as possíveis mudanças no BRIC a partir da recente oficialização da inclusão da África do Sul no grupo. O bloco, que era formado por Brasil, Rússia, Índia e China, conta agora com o integrante africano e novo nome: BRICS.

Analistas discutem as possíveis mudanças no BRIC a partir da recente oficialização da inclusão da África do Sul no grupo. O bloco, que era formado por Brasil, Rússia, Índia e China, conta agora com o integrante africano e novo nome: BRICS.

Newton Marques, da Universidade Federal de Brasília, avalia que existem dois lados a serem observados quando se fala da implicação do ingresso do novo país. “Primeiro, o grupo fica fortalecido, já que entra um país que tem uma representatividade muito grande na África e tem sido considerado um emergente,” explica. No entanto, “em princípio, sempre quando um país é incluído no grupo, ele traz um tipo de problema porque cada país por si só tem seu interesse. Todos querem livre mercado e negociar com países ricos e não querem fazer um bloco que possa atingir seus interesses. Mas, após muitas reuniões, esses países estão vendo que não existe outra forma de serem ouvidos”, afirma.

O analista avalia a ideia brasileira de criar uma moeda única para os BRICS como algo positivo, mas, difícil de ser concretizada. “Toda vez que existe uma proposta para fugir do dólar como meio de pagamento internacional é interessante. Porque, principalmente agora, o mundo precisa se refugiar em outro tipo de moeda. Vai trazer vantagem muito grande para esse grupo de países porque foge da flutuação do dólar”, destaca. “Mas, eu não acredito que vai ser fácil porque o yuan está atrelado ao dólar. Sendo criada, facilitaria porque o grupo teria peso grande e não ficaria dependendo tanto desse “ataque” especulativo do dólar que os países vêm sofrendo, como é o caso do Brasil,” complementa.

Newton Marques alerta que o Brasil precisa ficar atento para que a China não use o país numa guerra de divisas contra os Estados Unidos. “O Brasil não pode ser ingénuo só porque a China sempre pediu ajuda do Brasil e o país é um bom parceiro,” lembra. No entanto, para o estudioso, se a China estiver “blefando”, ela tende a perder e pode ficar isolada. “A China depende também da dinâmica da economia desse bloco. Se o país não fizer uma parceria realmente confiável, só tende a perder.

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