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Lula nega ter recebido convite para ser mediador do conflito da Líbia


Lula nega ter recebido convite para ser mediador do conflito da Líbia
Lula nega ter recebido convite para ser mediador do conflito da Líbia

Ex-presidente do Brasil falou em Washington sobre as conquistas do seu governo nas áreas da economia e da educação

O Brasil esteve em foco no Fórum dos Líderes do Setor Público, realizado pela Microsoft, aqui em Washington nos Estados Unidos. O evento trouxe à capital os actuais governadores dos estados brasileiros: Mato Grosso e Rio de Janeiro, além de diversos políticos das Américas do Sul e Latina. A participação ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi um dos pontos altos do forúm, fechado para convidados.

Na passagem por Washington, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, falou sobre diversos assuntos das políticas doméstica e internacional do país. Declarando ter divergências ideológicas e políticas com o líder líbio, Muammar Kadhafi, Lula deixou a cargo da actual presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a decisão a respeito de uma possível participação dele nas negociações de paz, na Líbia, e negou que tenha sido convidado oficialmente para actuar como mediador do conflito.

“É muito difícil eu falar porque ninguém me chamou. Se alguém, se a minha presidenta ou alguém achasse necessário e falasse que o Lula pode contribuir, eu contribuiria tranquilamente”, disse.

O ex-presidente do Brasil comentou também o relatório final sobre o escândalo do mensalão apresentado pela Polícia Federal, que confirma que houve desvio de dinheiro público na gestão dele. O processo ainda corre no Supremo Tribunal Federal e para Lula, pode demorar para chegar ao fim.

“Se aquilo (o relatório) entrar nos autos do processo, todos os advogados de defesa vão pedir prazo para julgar. Então, vai ser julgado em 2050”, declarou.

Lula não quis falar a respeito da polêmica dos passaportes diplomáticos concedidos a sete de seus familiares e que ainda não foram devolvidos. O ex-presidente comentou ainda sobre a troca, na última segunda-feira, na direção da maior empresa privada do Brasil e segunda maior mineradora do mundo, presente em diversos países africanos. A Companhia Vale do Rio Doce, anunciou a substituição do então presidente Roger Agnelli, no cargo há quase 10 anos, pelo executivo Murilo Ferreira. A escolha foi considerada uma surpresa e gerou discussões sobre a independência que o novo gestor terá, uma vez que a saída de Agnelli teria ocorrido sob pressões do governo.

“Se o Conselho da Vale e o Fundo de Pensões, que têm forte participação na Vale, entendem que tem que mudar, precisamos ver isso com naturalidade. Quando o Roger foi indicado para o conselho, ele era um desconhecido. A alternância de poder vale na política e na vida empresarial”, comentou o ex-presidente.

No último dia 1º de abril, o governo Dilma completou 100 dias e foram feitas diversas análises da gestão, com críticas e elogios ao desempenho da primeira mulher presidente do Brasil. A esse respeito, Lula disse acreditar que será uma história de sucesso, mas destacou que o compromisso de Dilma é com um mandato de quatro anos.

Em sua participação no evento Fórum dos Líderes do Setor Público, realizado pela Microsoft em Washington, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou as conquistas de seu governo nas áreas da economia e da educação. Depois do discurso, Lula respondeu às perguntas dos convidados, falou sobre democracia e destacou a importância das parcerias entre os países das Américas Central e do Sul. Nesta quinta-feira, Lula segue para o México onde também fará uma palestra, desta vez a banqueiros.

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