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Suu Kyi duvida da credibilidade das eleições na Birmânia


Parlamento birmanês em Nay Pyi Taw
Parlamento birmanês em Nay Pyi Taw

Suu Kyi é favorita para vencer no seu círculo eleitoral, mas alerta que eleições deste domingo não são livres e justas

A dirigente da oposição birmanesa Suu Kyi manifestou dúvidas sobre a honestidade dos sufrágios do próximo domingo, que são considerados um barómetro crucial do compromisso do governo para com as reformas políticas.

Dois dias antes da abertura das urnas para o sufrágio do primeiro dia de Abril, a candidata Suu Kyi recebeu jornalistas, diplomatas e observadores numa conferência de imprensa.

A dirigente pro democracia adoecera a semana passada após dois meses de campanha incessante através do país, em que acolhida por milhares de apoiantes. Segundo ela a campanha deixou-a fisicamente debilitada, mas isso não irá impedir que passe a noite na aldeia de Kawhmu, o seu círculo eleitoral.

Suu Kyi que é favorita para vencer o seu círculo eleitoral, destacou que o sufrágio não pode ser definido como sendo livre e honesto.

“Não penso que se possa considerar um sufrágio genuinamente livre e honesto se tivermos em consideração que aconteceu nos últimos meses, mas mesmo assim como desejamos trabalhar no sentido da reconciliação nacional vamos tolerar aquilo que se passou.”

Os observadores eleitorais só foram autorizados a entrar na Birmânia uma semana antes do sufrágio. Grupos da oposição indicam que as listas eleitorais estão repletas de nomes de pessoas que já morreram, e alguns candidatos e eleitores tem sofrido intimidações e subornos.

Embora o partido de Suu Kyi tenha escolhido não correr no sufrágio anterior por ser desonesto, ela insiste ser uma boa ideia participar desta feita. Destacou que não se sente utilizada para legitimar o actual governo e ajudar a convencer as nações ocidentais a levantar as sanções. Acrescentou que o seu partido tem dois objectivos – ganhar todos círculos onde concorrem, e ajudar a acordar politicamente o povo birmanes.

Apesar de ter duvidado da credibilidade do sufrágio, Aung San Suu Kyi não respondeu a questões políticas, explicando necessitar primeiro de obter a entrada no parlamento, antes de debater os seus objectivos políticos.

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