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À força de protestos, professores malanjinos recebem salários


À força de protestos, professores malanjinos recebem salários
À força de protestos, professores malanjinos recebem salários

Apesar de não haver explicações sobre as razões que contribuíram para os respectivos transtornos

Os 273 professores admitidos no concurso público de 2008 sem colocações e os 212 do acto do género do ano passado não incluídos nas folhas de salários em Malanje, finalmente poderão respirar de alívio nos próximos dias.

Apesar de não haver explicações sobre as razões que contribuíram para os respectivos transtornos, o chefe de departamento para educação, da Direcção Provincial de Educação, Ciência e Tecnologia, Ananias Gomes, garantiu à rádio oficial local, que procedimentos administrativos estão em curso para os mesmos serem abrangidos nas 1215 vagas do sector abertas para 2011.

“Isto é, esses professores vão actualizar o processo, já não fazem o teste de admissão e depois vamos levar ao Tribunal de Contas para confirmação e a partir dali, eles serão admitidos na função pública via concurso 2011”.

O défice de docentes na província abriu empregos para os 14 municípios, onde a quota varia de acordo as necessidades de cada um.

O município sede, Malanje, vai absorver cerca de 700 professores, Cacuso 90, Calandula 85, Caculama 75, Luquembo 60, Cangandala 50, Quela 40 docentes, enquanto que as municipalidades do Kunda – Dia – Base, Cahombo, Kiwaba – Nzoji, Kambundi – Katembo, Kirima, Marimba e Massango poderão ganhar cada uma 20 novos lugares.

Na aldeia de Mucunda, comuna de Cateco – Cangola, município de Calandula, 120 quilómetros de Malanje, existe apenas uma sala de aulas e um professor que leccionada a iniciação e a primeira classe.

A escola mais próxima está a 5 quilómetros, no sector de Caxito. O pequeno João Caculo, 13 anos é o exemplo de outras dezenas de crianças que deixaram de estudar por falta de meio de transporte. A criança não pestanejou sequer para responder as perguntas dos jornalistas.

Ele não estuda “através da corrente de bicicleta, não tenho e, câmara não tenho e a escola é muito distante para ir lá. Já estudei no Musseque Kicoca, é distante. Queremos ter escola para os alunos estudarem mais e os professores virem aqui neste bairro, para fazerem escolas para nós estudarmos”.

Conformada com as dificuldades da comunidade, a vice-governadora para área política e social, Alice Van-Dúnem prometeu a construção de uma escola precária quando cessarem as chuvas.

“Vamos fazer uma escola, vamos aos adobes e vamos trazer as chapas para fazer uma escolinha aqui para as vossas crianças. A promessa da escola, só vai ser possível quando pararem as chuvas, porque agora vocês sabem muito bem, para fazer os adobes não é possível, porque Abril chuvas mil, como se costuma dizer”.

Centenas de crianças aguardam pelo seu dia no quimbo para frequentarem pela primeira vez a escola.

Em Malanje os professores não ainda receberam os salários referentes ao mês de Fevereiro, numa altura em que falta pouco menos de uma semana para o fim do presente.

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