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Lutas tribais afectam segurança do Sudão do Sul


Lutas tribais afectam segurança do Sudão do Sul
Lutas tribais afectam segurança do Sudão do Sul

A luta inter-tribal no estado de Jonglei no Sudão do Sul tem testado a capacidade do governo para manter a segurança, enquanto esforços liderados pela Igreja para negociar a paz estão num impasse.

A luta inter-tribal no estado de Jonglei no Sudão do Sul tem testado a capacidade do governo para manter a segurança, enquanto esforços liderados pela Igreja para negociar a paz estão num impasse.

As tribos do estado de Jonglei digladiam-se entre si desde antes da invenção do Sudão do Sul.

Durante centenas de anos, membros das tribos Lou Nuer e Murle tem efectuado incursões para roubarem cabeças de gado de cada uma delas, perpetuando uma batalha de retaliação e vingança.

Mas nos últimos tempos, a intensidade das lutas aumentou muito. De acordo com Amanda Hsiao, do Projecto Enough, baseado no Sudão do Sul, os últimos ataques em Dezembro envolveram entre 6000 a 12 mil jovens organizados, altamente sofisticados, bem armados invadindo áreas Murle. Para ela trata-se de uma ameaça muito séria à autoridade do governo.

A introdução de armas pesadas, que chegaram às mãos de milícias de Jonglei durante a guerra civil no Sudão, fez aumentar para milhares o número de baixas e mortes das recentes incursões de gado.

Para além da necessidade de uma campanha de desarmamento das populações civis, outro elemento crucial para garantir a paz em Jonglei é juntar as facções em guerra para negociações.

O trabalho caiu ao Conselho das Igrejas do Sudão que com o apoio do governo iniciou esforços de mediação após um ataque da tribo Murle contra a tribo Lou Nuer em Agosto do ano passado.

Embora o Conselho das Igrejas do Sudão esteja optimista de que conversações de paz possam vir a ocorrer, renovada violência poderá estar a caminho.

Na semana passada, a milícia Lou Nuer, que se auto-classifica de Exército Branco, anunciou planos para cercar comunidades Murle, ostensivamente para impedi-los de lançarem quaisquer ataques.

Agências humanitárias têm enviado ajuda humanitária e alimentos a Jonglei nas últimas semanas para assistir cerca de 120 mil pessoas afectadas pela violência.

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