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Costa do Marfim: Cresce tensão entre CEDEAO e União Africana


Costa do Marfim: Cresce tensão entre CEDEAO e União Africana
Costa do Marfim: Cresce tensão entre CEDEAO e União Africana

Os enviados da União Africana à Costa do Marfim já estão a preparar o relatório sobre os modos de resolver a crise naquele país a apresentar a um painel de presidentes africanos.

Os enviados da União Africana à Costa do Marfim já estão a preparar o relatório sobre os modos de resolver a crise naquele país a apresentar a um painel de presidentes africanos.

Os representantes da União Africana passaram a semana em Abidjan em reuniões com os assessores do presidente cessante Laurent Gbagbo e do vencedor das presidenciais de Novembro, reconhecido pelas Nações Unidas, Alassane Ouattara.

O relatório será analisado pelos presidentes do Burkina Fasso, Chade, Mauritânia, África do Sul e Tanzânia a quem a União Africana pediu para elaborar um plano para ultrapassar até ao final do mês a crise politica marfinense.

Entretanto, alguns líderes da África Ocidental afirmam que o apoio alargado de que Ouattara desfrutava, está a começar a desaparecer por causa do apoio de alguns chefes de estado a Laurent Gbagbo. Tal é a opinião de James Gbeho, o presidente da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental, CEDEAO, “a solidariedade que existia entre nós e a comunidade internacional está a desaparecer rapidamente visto que alguns países tomaram partido e estão a discordar de uma decisão que já tinha sido tomada.”

Essa opinião não é partilhada pelo conselheiro de Gbagbo, Yao Gnamien, que afirma que a mediação da União Africana traduz o falhanço da CEDEAO, “a CEDEAO não conseguiu resolver o problema. Como é que podem sancionar o presidente Gbagbo sem sequer o ouvirem? Partiram do princípio de que o presidente Gbagbo não tinha sido eleito. Em vez de o dizerem deviam primeiro investigar o caso.”

Segundo Gnamien, a União Africana demonstrará claramente que Gbagbo foi reeleito.
Gnamien disse ainda que o painel da União Africana não deve por em causa a legitimidade do conselho constitucional marfinense em cuja decisão se baseia a reeleição de Gbagbo.

Aquele conselho declarou fraudulentos de 10% dos votos anulando, assim, os resultados da comissão eleitoral da Costa do Marfim que tinha declarado Ouattara como vencedor das presidenciais.

Historicamente cabe ao conselho constitucional a última palavra nas eleições marfinenses. Contudo nesta votação, e nos termo do acordo de paz subscrito por Gbagbo, cabia às Nações Unidas certificar qual o vencedor. O representante da ONU no Costa do Marfim, Young-jin Choi certificou Ouattara como vencedor das eleições de Novembro.

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