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Estados Unidos: Nova maioria prepara-se para assumir a Câmara dos Representantes


Estados Unidos: Nova maioria prepara-se para assumir a Câmara dos Representantes
Estados Unidos: Nova maioria prepara-se para assumir a Câmara dos Representantes

Republicanos vão substituir os Democratas com a tomada de posse na Quarta-feira

Washington, 03 Jan - O futuro líder da maioria Republicana no Congresso John Boehner está a defender uma maior austeridade orçamental da administração Obama, isso enquanto prepara para assumir o cargo na Quarta-feira.

Boehner vai liderar a Câmara dos Representantes num cenário político de confrontação com a Casa Branca.

Numa América desalentada pela crise, a maioria republicana prepara-se para o anunciado passe de armas desta quarta-feira no Congresso.

Congresso que passará a contar com uma nova liderança, tudo para a satisfação de uma feroz oposição republicana representada na figura de John Boehner.

A Câmara dos Representantes começa assim o ano com um novo rosto e um novo líder. A passagem de testemunhos até já está preparada. Todas as circunstancias vêm descritas na edição desta Segunda-feira do Washington Post que dá-nos a imagem retrospectiva da entronização de Nancy Pelosi em 2007 e a de John Boehner a ter lugar depois de amanhã.

O quotidiano washingtoniano descreve que há quatro anos a líder democrata no congresso levou câmaras de televisão, multidões e dignitários políticos para o seu bairro de infância de Baltimore, onde uma rua chegou a ser reinaugurada com o seu nome. Desta vez, prossegue o jornal, o líder republicano vai trazer os seus 11 irmãos de Ohio para uma reunião privada em Washington.

O Washington Post adianta que em 2007 festejou-se a tomada de posse de Pelosi na Embaixada Italiana com a música de Tony Bennet “I left my heart in San Francisco” – Deixei o meu coração em San Francisco. Este ano, o seu sucessor é convidado de honra de um concerto de LeAnn no famoso Hotel Washington, mas está a planear em não cumprir este ponto da agenda, remata o jornal.

E não em vão esta sua decisão. John Boehner tem vindo a defender a austeridade financeira, e acredita-se que foi este o tema que o propulsou para a liderança.

Boehner vai fazer o seu discurso de investidura na Quarta-feira, depois de uma sessão de religiosa na Igreja Católica de São Pedro em Washington.

Na sua alocução, cujo extractos discurso vem hoje na imprensa, o líder republicano promete ouvir o povo, seguir de perto as opções políticas do país, e a maneira como estão a ser aplicadas as reformas adoptadas no passado pelo Congresso.

O povo americano quer um governo reduzido, mais eficiente e responsável. E a partir da Quarta-feira, a Câmara de Representantes vai ser o posto avançado dos americanos em Washington DC” – disse Boehner, sublinhando ainda que a nova maioria vai lutar pelas prioridades do povo, reduzindo despesas, revogando a lei de reforma de saúde responsável pelo desemprego, e ajudar a economia a recuperar-se.

Contudo Boehner tem tentado clarificar algumas posições dos seus partidários, que têm aparecido na televisão durante o fim-de-semana.

Fred Upton, Republicano eleito pelo Estado do Michigan e futuro presidente do Comité de Energia e Comércio na Câmara dos Representantes defendeu que o seu partido devia organizar uma votação para revogação ou não da lei de reforma do sistema de saúde, antes do discurso do Estado da Nação do presidente Barack Obama previsto para este mês. Upton disse que o desencanto em relação a lei de reforma de saúde é tão difuso a ponto que se pode obter uma maioria de dois terços na nova câmara susceptível de contornar um possível veto presidencial.

Seja como fôr, os Democratas ainda controlam o Senado e o presidente Obama pode vetar toda e qualquer lei aprovada pelo Congresso. Os Democratas têm dito que estão dispostos a obter acordos comuns com a maioria republicana na Câmara dos Representantes, mas planeiam igualmente defender os objectivos do presidente para os próximos dois anos, sendo um deles a reforma do sector da saúde.

O novo congresso vai ressuscitar também o longo debate dobre o deficit financeiro, com a previsão de votação em Março da lei que deverá estabelecer os limites de empréstimos do governo.

Conselheiros republicanos afirmam entretanto que John Boehner está a fazer esforços para que não seja visto como uma figura e voz singular da nova maioria republicana, preferindo assim conciliar as suas ideias às do partido.

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