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Antigo presidente da construtora Odebrecht confirma pagamento de luvas a pedido de Michel Temer


Marcelo Odebrecht, antigo presidente e herdeiro da Odebrecht
Marcelo Odebrecht, antigo presidente e herdeiro da Odebrecht

Marcelo Odebrecht disse que Presidente brasileiro pediu 3,3 milhões de dólares para o seu partido.

O ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, confirmou à força-tarefa que investiga o caso de corrupção da Lava Jato a versão do ex-executivo da empresa Cláudio Melo Filho de que o PMDB recebeu um pagamento de10 milhões de reais (3,3 milhões de dólares) a pedido do Presidente Michel Temer.

A revelação é feita pelo jornal Folha de São Paulo nesta quarta-feira, 14.

O empresário disse aos investigadores que o jantar no Palácio do Jaburu, onde vivia Michel Temer quando era vice-presidente, realizado em Maio de 2014, com a presença de Temere do actual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, aconteceu e nele foi acordo um pagamento de 10 milhões de reais (3,3 milhões de dólares) para a campanha do partido naquele ano.

Temer e Padilha negam qualquer ter cometido irregularidades e a empresa Odebrecht não se manifesta sobre este assunto.

Ainda segundo aquele conceituado jornal, o “patriarca” da família, Emílio Odebrecht, também iniciou o seu depoimento no acordo de colaboração com a justiça, ao deslocar-se ontem, 13, à sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília.

Michel Temer, Presidente brasileiro
Michel Temer, Presidente brasileiro

Ele deve tratar da relação da empreiteira com os antigos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, em particular sobre a construção da Arena Corinthians, na época da Copa do Mundo.

Segundo ele, “foi uma espécie de presente a Lula”, torcedor do clube paulista.

Pessoas com acesso às investigações disseram ao jornal que o depoimento de Marcelo Odebrecht focará principalmente nos antigos presidentes petistas e funcionará como uma confirmação das versões de outros executivos da empresa que também aceitaram colaborar com a justiça.

Ele corroborou ainda a versão do pagamento de sete mesadas no valor de 50 mil reais (17 mil dólares) a Anderson Dornelles, um dos principais assessores de Dilma Rousseff.

Após a conclusão dos depoimentos, as denúncias feitas à justiça e o acordo deverão ser homologados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.

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