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Trabalhadores decidiram continuar a greve na Angola Telecom


Praça da Independência, em Luanda (Arquivo)
Praça da Independência, em Luanda (Arquivo)

Grevistas boicotaram o encontro de mediação com o patronato alegando que a comissão sindical não tinha sido préviamente convidada

Os trabalhadores da empresa pública de telecomunicações e Multimédia, Angola Telecom, mantêm a sua decisão de dar continuidade a greve que, já dura uma semana, até serem satisfeitas as suas exigências.

Esta quarta-feira, os grevistas recusam-se a participar na reunião de concertação convocada pela entidade empregadora .

“A direcção não pode reunir connosco sem a comissão sindical,” disse um dos grevistas.

A fonte dos grevistas disse à Voz da América que, contrariamente ao que direcção tem estado a dar a entender, à opinião pública, não há qualquer sinal no sentido da satisfação das reivindicações salariais, que motivaram mais esta greve.

Numa tentativa de acalmar os ânimos dos trabalhadores, o ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, declarou à imprensa pública, que a solução dos problemas sociais passava pela reestruturação de todos sectores da Angola Telecom.

“A reestruturação tem de ser feita sob pena de não fazermos nada,” afirmou.

Mas os grevistas dizem que estão fartos de promessas.

Os trabalhadores estavam a ponderar a possibilidade de acabar com o piquete , que foi montado para atender os serviços mínimos da empresa, como forma de pressão sobre a administração, mas o encerramento do escritório da comissão sindical, ordenada pela entidade patronal frustrou tal intenção .

Na passada quinta-feira, tal como noticiou a Voz da América, a Polícia angolana tentou dispersar os trabalhadores grevistas que se encontravam defronte ao edifício da empresa, com o uso de cães polícias e outros meios de intimidação, incidente que a fonte afirma ter sido ultrapassada.

Uma velha reivindicação de aumento dos ordenados da maioria dos trabalhadores que remonta ao ano de 2011, está na causa da paralisação da Angola Telecom. Os grevistas contestam os altos salários dos principais chefes da companhia, comparativamente aos que auferem os trabalhadores de base.
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