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Angola não quis submeter-se às reformas duras e à transparência do FMI


A opinião é dos analistas do The Economist sobre a decisão de Luanda de não assinar um Programa de Financiamento Ampliado com o FMI.

As autoridades angolanas "não estão dispostas a adoptar as reformas duras, e a transparência, necessárias para o reequilíbrio fundamental da economia angolana", dizem os espacialistas da da Economist Intelligence Unit (EIU) em reacção à decisão do Governo de Luanda de não se submeter ao Programa de Financiamento Ampliado (PFA) do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Esta mudança de abordagem é negligente dada à seriedade dos desafios económicos e financeiros que Angola enfrenta", diz a nota enviada aos investidores pelos anlistas, lembrando ainda que o Executivo tem problemas para pagar os serviços públicos básicos e que o kwanza caiu fortemente face ao dólar”.

Com a inflação no mês de Maio a chegar aos 29 por cento, de acordo com a EIU, pertencente à revista britânica The Economist, os analistas lembram que o Angola enfrenta também falta de receitas devido à queda do petróleo no mercado internacional e à “fraca capacidade de governação".

As mesmas fontes consideram que ao recusar o programa de financiamento do FMI, que podia chegar a 4, 5 mil milhões de dólares em três anos, o Governo não só rejeita a assistência financeira, mas coloca em risco “a credibilidade adicional que um acordo com o FMI traria".

A decisão de não submeter ao PFA foi anunciado na quinta-feira, 29, pelo porta-voz do FMI em Washington Gerry Rice, adiantando que, por decisão de José Eduardo dos Santos, o Governo angolano decidiu apenas manter o diálogo a o nível da assistência técnica.

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