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Angola Fala Só: Walter Cristóvão - "Quando se ignora a realidade, as consequências são piores"


Walter Cristóvão
Walter Cristóvão

O jornalista alerta para o perigo crescente da auto-censura.

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Ignorar a realidade só serve para agravar a situação, disse o jornalista Walter Cristóvão no programa “Angola Fala Só”.

Nesse sentido, Cristóvão, ex director de informação da Rádio Ecclésia, afirmou que reportagens sobre problemas devem ser vistos como “um alerta”.

“O jornalismo é um meio para se alertar e não para causar problemas”, disse aquele profissional para quem o jornalismo deve ser visto ainda como “um serviço útil” e que não deve ser visto como um “obstáculo”.

Na sua defesa da liberdade de informação, Walter Cristóvão disse ainda que “o jornalismo interventivo” serve para “ajudar o Governo a crescer”, afirmando que “mostrar o que existe” deve ser visto como uma contribuição e não como algo para prejudicar.

“A crítica é um alerta”, disse Walter Cristóvão.

O ouvinte David Moco, que contactou o programa a partir da província do Moxico, fez uma eloquente defesa da liberdade de imprensa afirmado que “sem liberdade de imprensa não há boa governação”.

“É difícil haver democracia participativa sem liberdade de imprensa”, afirmou o ouvinte em apoio às declarações de Walter Cristóvão.

O jornalista referiu-se ainda ao crescimento de órgãos de informação privados, mas fez notar que muitos desses órgãos depois de alcançarem sucesso pela sua independência têm sido comprados ou adquiridos por “interesses” que os têm silenciado de um modo ou outro.

Cristóvão fez a analogia de se plantar uma árvore de fruta e depois, quando todos começam a gostar da fruta e querem saboreá-la, “aparece alguém e corta a árvore”.

O jornalista foi critico em relação aos colegas que praticam a auto-censura por recearem represálias ou pelos seus em,pregos. “A auto-censura é pior do que a censura”, concluiu Walter Cristóvão.

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