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Angola Fala Só - "Hospitais deixaram de ser lugar de acolhimento", diz ouvinte de Luanda


Angola Fala Só
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8 de Abril 2016 - Microfone Aberto: "Hospitais deixaram de ser lugar de acolhimento," diz ouvinte
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A situação dos hospitais e a aplicação da justiça em Angola foram os temas mais abordados pelos ouvintes na edição desta sexta-feira, 8, do programa “Angola Fala Só”.

No formato microfone aberto, o espaço semanal da VOA destinado a Angola deu aos aos ouvintes a possibilidade de escolherem e se pronunciarem sobre um tema.

Alexandre Mateus disse que Angola atravessa um dos momentos mais difíceis desde a sua independência.

“Há uma regressão total”, reiterou, afirmando que em Luanda há “uma situação precária” nos hospitais.

“As pessoas até já têm medo de ir aos hospitais”, ressaltou porque, para ele, “o hospital deixou de ser aquele lugar de acolhimento e passou a ser um lugar de inospitalidade”.

Ele adiantou também que nos cemitérios “há um engarrafamento enorme” que são elucidativos da crise que se vive.

Aquele ouvinte manifestou apreensão de que a chuva que tem estado a cair em Luanda venha a aumentar os mosquitos podendo causar “situações mais difíceis”.

Alexandre Mateus falou também de um sistema de justiça “debilitado” algo que foi também um dos temas mais abordados pelos ouvintes, com destaque para as recentes condenações dos 17 activistas e o líder da seita A Luz do Mundo José Julino Kalupeteca.

“Não é preciso um microscópio para vermos se estas sentenças são correctas ou não”, disse.

Outro ouvinte, Pedro Saculiso, descreveu a sentença dada a Julino Kalupeteka como “uma grande vergonha” e perguntou “onde é que Angola vai parar?”.

Outros participantes entraram em contacto através das redes sociais, como Santo Agostinho, residente no Cazenga, que descreveu como “uma miséria a situação actual, fazendo referência ao facto de "as autoridades quererem cobrar pela recolha do lixo.

“A minha pergunta é: Como é que vou pagar para recolha do lixo se estou sem salário há cinco meses?”, interrogou.

Outro tema abordado nas redes sociais foi o da situação dos estudantes angolanos no estrangeiro que há vários meses não recebem o pagamento das suas bolsas.

Ricardo Gaspar ,do Kwanza Sul, levantou a questão do péssimo estado das estradas em pontos da província que são praticamente intransitáveis.

A estrada da Quibala para Wacucungo “está péssima”, denunciou.

“Digo mesmo que está podre e a única coisa que passa é o cheiro”, acrescentou afirmando que é um mistério o que acontece à taxa de circulação que os utentes das estradas são obrigados a pagar.

Um dos ouvintes que contactou o programa pelas redes sociais, Manu Manuel, interrogou-se sobre o papel da oposição em Angola “que só acusa o Governo e nunca idealiza nada”.

Veja o vídeo do programa a partir dos estúdios da VOA em Washington DC

1ª parte

2ª parte

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