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Angola pondera relacionamento com administração Trump


Presidente americano, Donald Trump, e primeira-dama americana, Melania Trump
Presidente americano, Donald Trump, e primeira-dama americana, Melania Trump

Incertezas e muito cepticismo é o que os angolanos alimentam quanto as
perspectivas diplomáticas que vão marcar as relações bilaterais com a
nova administração americana, depois da tomada de posse do presidente
eleito, Donald Trump. Para falar sobre o assunto, ouvimos o
especialista em relações internacionais, Bernardino Neto e o
secretário da UNITA para os direitos humanos, Joaquim Nafoia.

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Os angolanos sustentam uma perspectiva de muitas incertezas sobre qual
será o impacto da política externa norte americana, em Angola, com o
início do exercício do mandato da administração Trump, cujo presidente
eleito tomou posse na última sexta-feira.

Como São Tomé, os angolanos, preferem ver para crer e mostram-se
expectantes sobre o modelo das relações bilaterais que Donald Trump
vai introduzir na sua política externa para África, em geral e para
Angola, em particular.

Entre políticos e analistas de relações internacionais, as previsões
mostram posicionamentos diferenciados, a julgar pela conjuntura da
política interna e a forma como a administração Trump vai lidar com a
actual liderança do pais.

Se por um lado os analistas de política internacional julgam ser ainda
muito cedo para uma avaliação sustentada, por outro lado, alguns
políticos, sobretudo da oposição defendem que a administração Trump,
deve assumir uma política externa com Angola, bastante incisiva e
apontam a necessidade dos americanos influenciarem para uma governação
mais transparente e democrática, que o governo angolano seja
pressionado a garantir as liberdades fundamentais dos cidadãos e
ajudar no combate a corrupção para garantir a alternância do poder em
Angola.

Os angolanos consideram, por outro lado, que a entrada em funções da
administração Trump, pode ser igualmente determinante por coincidir
com o ano que Angola vai realizar as quartas eleições gerais, cujo
desfecho apresenta-se imprevisível.

Bernardino Neto, analista de política internacional admite que Donald
Trump sustenta uma visão muito parcial do continente africano. Ainda
assim o especialista é de opinião que as relações entre a casa branca
e Luanda, vão ser definidas a partir do principio da abertura e de
vantagens reciprocas.

O maior partido político na oposição em Angola, a UNITA, não acredita
em grandes mudanças da política externa americana sobre as relações
bilaterais com o regime de Luanda. O secretário para os direitos
humanos do partido do galo negro, Joaquim Nafoia, fala da supremacia
dos interesses económicos, como factores determinantes.

Para o analista Bernardino Neto, os primeiros 100 dias da
administração Trump vão servir de instrumento de análise fundamental,
para se aferir sobre a visão dos Republicamos em relação a política
interna de Angola.

As relações politicam que marcaram o passado histórico da UNITA com o
partido republicano, também mereceram uma análise do político do galo
negro. Joaquim Nafoia aborda este cenário numa outra perspectiva e
defende que a geopolítica mundial actual não admite recuos e os
cenários apresentam realidades muito diferentes.

A realização das próximas eleições gerais em Angola podem marcar um
ponto de viragem sobre o ponto de vista da administração Trump. O
analista Bernardino Neto considera que os interesses vão superar os
receios que ainda se levantam.

Para o político Joaquim Nafoia, a administração Trump pode jogar um
papel importante para que as próximas eleições em Angolas sejam
livres e transparentes, também para o bem dos interesses dos próprios
americanos.

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