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"Angola está em fase de transição", diz jornalista Coque Mukuta


Coque Mukuta, conferência de Front Line Defenders, em Dublin
Coque Mukuta, conferência de Front Line Defenders, em Dublin

O correspondente da VOA participou na 8ª Plataforma de Dublin para Defensores dos Direitos Humanos, da organização Front Line Defenders.

O jornalista angolano Coque Mukuta participou na 8ª Plataforma de Dublin para Defensores dos Direitos Humanos, da organização Front Line Defenders (Defensores da Linha da Frente), que terminou esta sexta-feira na capital da Irlanda.

A presença de Mukuta, correspondente da VOA em Luanda, deveu-se à cobertura que tem feito sobre actos considerados de violadores dos direitos humanos em Angola.

Reportagens sobre “espancamento e prisões de vendedoras ambulantes, vítimas de demolições forçadas, repressão e prisões de manifestantes, ameaças e prisões de activistas, jornalistas, assim como, assassinatos de garimpeiros por funcionários das empresas mineiras no país e muitas outras”, segundo a organização, levaram a mesma a considerar Coque Mukuta um defensor dos direitos humanos.

No evento que começou na quarta-feira, mais de 100 activistas e especialistas em direitos humanos analisaram “a realidade da repressão sofrida pelos defensores de direitos humanos” e promoveram os trabalhos dos voluntários da Front Line Defenders.

Ao intervir nesta sexta-feira como único representante de Angola na conferência, Coque Mukuta começou por destacar o facto de, com 30 anos de idade, nunca ter visto outro Presidente da República, além de José Eduardo dos Santos.

Em Angola, afirmou Mukuta, “espancam e prendem vendedoras ambulantes, as zungueiras, prendem jornalistas, destroem sem piedade residências de forma forçada de pacatos cidadãos, ameaçam, reprimem, prendem e matam activistas, enfim, assassinam garimpeiros”.

Na óptica do jornalista, Angola está numa fase de transição e que “por força da natureza ou por sua própria vontade terá de haver um novo Presidente”.

“Os ânimos andam à flor da pele, mas andamos todos atentos para uma alteração pacífica para o bem de todos os angolanos”, salientou Coque Mukuta, que dedicou a sua participação “aos 15 jovens irmãos angolanos que estão detidos e serão julgados em fictícios tribunais angolanos criados para legitimar as acções de um Presidente no poder há 36 anos”.

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