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Angola e Portugal querem resolver diferendos, diz embaixador angolano


Marcos Barrica, Embaixador de Angola em Portugal
Marcos Barrica, Embaixador de Angola em Portugal

Visita de ministro português desbloqueia relações "indispensáveis" para os dois países.

As relações entre Portugal e Angola são “indispensáveis” para os dois países, disse o ministro dos negócios estrangeiros português Rui Machete.

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Machete efectuou esta semana uma visita de dois dias a Angola que analistas vêm como marcando o fim de um ciclo de mal entendidos, na sequência da crise diplomática que teve como origem os processos judiciais despoletados pela justiça portuguesa contra altos dirigentes do regime angolano, acusados de corrupção, cujos processos acabaram arquivados.

O presidente angolano suspendeu então a “parceria estratégica” entre os dois países e uma programada cimeira de chefes de estado foi anulada

Machete foi recebido pelo chefe de estado angolano José Eduardo dos Santos com quem, segundo disse, se “abriu caminho para o futuro”.

Os dois países decidiram formar uma comissão ministerial para anualmente analisar os problemas “e como as coisas estão a andar e procure para que as coisas corram cada vez melhor”, disse o ministro português.

O embaixador angolano em Portugal, Marcos Barrica, disse por seu turno haver um “esforço conjugado” para se ultrapassar mal entendidos se relançar a cooperação.

“É um facto que houve uma crispação que foi corolário de uma série de desentendimentos ou incompreensões,” disse o diplomata quem “neste momento há um esforço conjugado entre os dois países de modo a se ultrapassar esta situação indesejada quer para Angola quer para Portugal”.

Barrica disse que a visita do ministro português é uma manifestação do “interesse e desejo de se relançar a cooperação entre os nossos dois países”.

Embora haja ainda por resolver “questões profundas”, o ministro angolano disse que “o importante é que haja a vontade de ambas as partes de se enterrar definitivamente esses problemas”.

“Muitos desses problemas são artificialmente criados por determinadas pessoas quer em Angola quer em Portugal”, disse o ministro angolano.

O analista de relações internacionais Pedro Santareno concordou que a visita do ministro português demonstra a vontade dos dois países em fazerem avançar as suas relações.

Para Santareno a visita de Machete e as declarações do governo angolano sobre a visita “demonstram claramente que tudo ficou pelo passado que foi tudo um mau entendido e que daqui em diante os dois governos vao fazer esforços para manter essas relações cada vez mais estáveis intensas”.

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