A economia de Angola vai crescer este ano 4,5 por cento e abrandar para 3,9 por cento em 2016, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu relatório sobre as perspectivas económicas mundiais divulgado ontem, 14, em Washington.
O ano passado o crescimento foi de 4,2 por cento.
Contudo, o relatório afirma que os efeitos da descida dos preços do petróleo vão sentir-se mais acentuadamente em 2016, ano em que o crescimento económico do país deverá ficar pelos 3,9 por cento
A inflação deverá aumentar neste e no próximo ano, passando de 7,3% em 2014 para 8,4% este ano e 8,5% no ano seguinte, diz o FMI.
Entretanto, a prestigiosa Economist Intelligence Unit (EIU) avisou que os esforços de Angola para facilitar o acesso ao crédito e incentivar o investimento baseiam-se na existência de liquidez e confiança dos investidores, duas premissas quase inexistentes hoje em dia.
Ao mesmo tempo, os esforços para promover o investimento e diversificar a economia continuam a ser afectados pela imagem de corrupção associada ao Governo angolano, segundo a Economist.
O documento diz que o Governo está a tomar medidas para diversificar a economia e promover o investimento, mas está a ter dificuldades em distanciar-se da imagem de um regime marcado pela corrupção, havendo noticias de que empresas estrangeiras e nacionais são aconselhadas a incentivar funcionários governamentais através de subornos.
Do lado positivo, a unidade de análise económica do Banco Português de Investimentos revelou que a produção de petróleo em Angola no primeiro trimestre aumentou para cerca de 1,8 milhões de barris por dia, o que classificou de uma “grande recuperação”.
Segundo as contas do BPI, este aumento da produção pode ajudar a anular os preços baixos que estão a ser praticados no mercado, ajudando Angola a equilibrar as contas públicas.