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Amnistia Internacional denuncia limpeza étnica na República Centro-Africana


A ONG Amnistia Internacional denunciou, num comunicado divulgado esta quarta-feira, uma verdadeira "limpeza étnica" de civis muçulmanos no oeste da República Centro-Africana, que as forças internacionais presentes no país não conseguem impedir.

"Os soldados da força internacional para a manutenção da paz não conseguem impedir a limpeza étnica de civis muçulmanos no oeste da República Centro-Africana", afirma a ONG no comunicado, que pede à comunidade internacional que "controle fortemente as milícias anti-balaka e envie tropas em número suficientes para as cidades, nas quais os muçulmanos estão ameaçados".

A situação no país deteriorou-se após a queda do presidente François Bozizé, em Março de 2013, deposto por Michel Djotodia e pela rebelião Seleka, que pegaram em armas no final de 2012. Depois da saída forçada de Djotodia em Janeiro, o país entrou numa espiral de violência com o surgimento dos "anti-balaka" - milícias camponesas de autodefesa, dominadas por cristãos. Eles estão decididos a vingar-se dos Seleka, assim como da população muçulmana em geral.
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