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Amnistia Internacional pede investigação a fundo da morte de Manuel Hilberto Ganga


Funeral em Luanda de Manuel Hilberto Ganga morto por agentes da Guarda Presidencial
Funeral em Luanda de Manuel Hilberto Ganga morto por agentes da Guarda Presidencial

Amnistia Internacional e a Human Right Watch apelaram às autoridades angolanas a investigarem a fundo, o assassinato do activista da CASA-CE por elementos da Guarda Presidêncial em Luanda, no dia 23 de Novembro

Muluka Anne-Miti, pesquisadora da Amnistia internacional, acusou as autoridades angolanas de violarem os tratados internacionais de direitos humanos.

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“De acordo com os tratados internacionais, as armas só pode ser usadas para defender pessoas contra ameaças eminentes de morte ou ferimento grave, também só podem ser usadas para impedir grave ameaça a vida.”

Por seu lado, a Human Rights Watch instou as autoridades angolanas a investigar as prisões arbitrárias e o alegado uso de força excessiva usada para dispersar uma manifestação organizada por um partido da oposição no mesmo dia 23, e os maus-tratos infligidos a um advogado defensor de direitos humanos.

Leslie Lefkow, directora-adjunta de África da Human Rights Watch, disse hoje através de um comunicado que "não há justificação possível para o assassinato de um homem desarmado e sob custódia", e acrescetou que "o presidente deve proceder a uma investigação completa da sua guarda devido a este assassinato e levar à justiça todos os responsáveis, incluindo os oficiais”.

"O assassinato de um activista por parte de forças governamentais, assim como as prisões em massa e a dispersão com gás lacrimogêneo de manifestantes pacíficos está apenas a aumentar o descontentamento público", disse Leslie Lefkow.

"Os partidos da oposição e os aCtivistas têm todo o direito de protestar pacificamente contra alegados assassinatos pelas forças de segurança e de exigir justiça", concluiu a dirigente da Human Rights Watch.

Num outro comunicado, o Conselho Directivo da ADRA ( Accão Para Desenvolvimento Rural e Ambiente) uma ONG angolana ,concluiu ser preocupante o actual ambiente de tensão, sendo grave que em tempo de paz ainda se percam vidas humanas por diferenças de opinião.

É necessário um esforço conjunto para se continuar a consolidar e ampliar o ambiente de democracia e estabilidade.

Para isso é fundamental uma governação num ambiente de diálogo, de participação, abertura, transparência e justiça social.

Recorde-se que a Guarda Presidêncial abateu um activista da CASE-CE e prendeu mais de uma centena de colegas que na noite da passada Sexta-feira colavam cartazes com as fotos dos activistas Isaías Kassule e Alves Kamulingue alegadamente assassinados pela segurança do Estado.

No dia seguinte, a Polícia Nacional impediu manifestações da UNITA em quase todo o país, com prisões de militantes daquele partido em várias províncias.
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