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Sida continua a aumentar em Angola


Sida continua a aumentar em Angola
Sida continua a aumentar em Angola

O problema é que o Sida não está parar, o nível de infecções está a aumentar”

A organização não governamental, Acção Humana (AH) atribui o insucesso da luta contra o Sida em Angola, a falta de iniciativas comunitárias no contexto sócio-cultutral local, com a máxima participação de todas as partes intervenientes para alargar a competência das comunidades.

Em declarações a Voz da América, Ilaliyo Samundombe, coordenador de projectos daquela ONG, disse que apesar dos investimentos que as autoridades angolanas têm feito para a redução do Sida, a doença tem aumentado no país.

“ Agora estamos a ver muito financiamento disponibilizado pelo governo angolano para a área do VIH/Sida no país, mas o problema é que o Sida não está parar, o nível de infecções está a aumentar”

Segundo a Rede de Organizações dos Serviços do Sida (ANASO), mais de 20 crianças morrem de Sida diariamente e cerca de duas dezenas de novos casos são registados por dia pelas autoridades sanitárias angolanas.

Angola é um país com uma população maioritariamente jovem, com amplas zonas fronteiriças de movimentação intensa.

Considerando as características sócio-económicas da população angolana, sublinha a Acção Humana, existe uma variedade de determinantes para expansão da epidemia como, por exemplo, os factores demográficos de população jovem e a existência de pouca aceitação do risco, além da alta movimentação transfronteiriça, com rápida urbanização e assentamento humano.

Também ressalta as práticas culturais de poligamia, a multiplicidade de parceiros, o início precoce das relações sexuais e sem protecção como alguns factores que levam a um alastramento forte da epidemia de SIDA.

Perpetua Tchaluka, coordenadora do programa provincial de Luta contra o Sida em Benguela, apontou a descriminação nas comunidades como uma das causas importantes para a propagação da doença.

“ As pessoas não acreditam que é uma doença que existe. Nós acreditamos se houver a informação nas comunidades, as pessoas irão aceitar a doença.”

Para responder ao aumento da epidemia, a Acção Humana discute novo método de combate ao Sida.

Denominada Star, a metodologia é baseada em técnica de intervenção comunitária para os serviços integrado de VIH/Sida, direitos humanos e género.

Trata-se dum método usado com sucesso em alguns países da Africa Austral e estimula a participação das comunidades na definição de programas de luta contra o Sida.

“ Dentro da metodologia Star é a própria comunidade que identifica os problemas, começa a discutir como é que a comunidade vai trabalhar para resolver esses problemas. Direitos humanos ainda são um problema grande nas comunidades em Angola.”

Durante um encontro com as organizações da sociedade civil em Benguela, os participantes reconheceram que a ausência de uma comunicação aberta por parte da igreja católica em relação ao Sida tem contribuído r para a propagação da doença no país

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